Parte dos professores acha o computador desnecessário no ensino


Foto: Reprodução
Nas escolas públicas, a presença de computadores com acesso à internet aumentou muito, nos últimos anos. Mas o uso do computador nas aulas não aumentou na mesma proporção. Uma parcela grande de professores não acha necessário.

A turma é de sétima série. A aula de história tem giz, quadro negro, mas também lousa eletrônica. Juntos, computador e caderno. Com essa geração, não tem outro jeito, diz o professor.

“A abertura que a tecnologia deu para a vida deles, para a prática deles fora da sala de aula fica quase que impossível você não adequar essa situação de vida deles para uma sala de aula”, conta o professor de história Júlio Cesar Ferreira.

Parcela considerável de professores rejeita uso do computador

O computador está cada vez mais presente nas escolas públicas brasileiras. “Cinco anos atrás, 30% das escolas da educação básica, que vai da educação infantil até o ensino médio, tinham acesso a computador e internet. Hoje, é 50% que têm acesso.”, afirma a gerente do Todos pela Educação Alejandra Velasco.

E entrevistados durante a Prova Brasil, em escolas de ensino fundamental, 67% dos professores declararam usar o computador para ensinar.

Mas a pesquisa também mostra que uma parcela considerável dos professores rejeita o uso do computador. E isso, exatamente nas regiões onde a tecnologia está mais disponível nas escolas. No Sul, mais de 11%, e no Sudeste quase 15% dos professores disseram considerar o computador desnecessário. Mais do que no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
 
Computador exige mudanças na dinâmica do ensino

“Muitos desses professores já tiveram experiências ruins ao usar tecnologia. Mandar o aluno fazer pesquisa na internet, sem uma boa pergunta. Ele vai lá, recorta, cola, usa a palavra-chave, encontrou o que o professor queria, traz, nem leu aquilo. Os professores ficam reticentes com esse tipo de uso”, explica o consultor em Tecnologia e Educação César Nunes.

O especialista em tecnologia na educação diz que o computador exige mudanças na dinâmica do ensino e uma preparação maior do professor. 

“A experiência que nós temos com os professores, que passam essa fase inicial, é que eles se sentem muito mais motivados, se sentem mais professores.”, conta César Nunes

.Fonte: G1
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