Fujimori pede prisão domiciliar para não 'pôr em risco' sua saúde

Foto: Martin Mejía/AP
O ex-presidente peruano Alberto Fujimori disse nesta sexta-feira (7) que a prisão é uma "pena de morte lenta" para ele e pediu ao tribunal local que reconsidere seu pedido para completar em casa sua sentença de 25 anos por violações dos direitos humanos.

Fujimori, que governou o país por 10 anos, está preso desde 2007 em uma penitenciária em Lima e, de acordo com seus médicos, sofre de depressão e pressão alta.

O ex-presidente, de 76 anos, falou com voz pausada aos membros de um tribunal penal para não abreviar sua condenação, mas para cumpri-la em casa para não "pôr em risco" sua saúde física e mental.

"Peço aos ilustres membros desta sala... sem deixar o aspecto legal, que possa superar essa prisão que, na prática, constitui para mim uma pena de morte lenta", disse Fujimori ao tribunal.

"Se eu continuar assim, vou exalar o meu último suspiro antes de cumprir a condenação total, porque não acredito que eu possa sobreviver até os 95 anos", afirmou o ex-presidente, que foi operado cinco vezes na língua, as duas primeiras por câncer.

A Justiça negou a Fujimori em 2013 um pedido de prisão domiciliar em primeira instância. Nesse mesmo ano, o presidente Ollanta Humala negou um pedido de indulto humanitário solicitado por sua família.

Segundo os promotores, o pedido de Fujimori tem poucas chances de ser aceito, pois a prisão domiciliar não se aplica a pessoas que já foram condenadas. O tribunal penal vai resolver o caso nos próximos dias.

Fonte: G1
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