Polícia identifica oitava vítima do rompimento de barragem em Minas Gerais

Imagem: Arquivo Pessoal
A oitava vítima do rompimento da Barragem de Fundão, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, foi identificada na tarde desta sexta-feira (20). Segundo informações da Polícia Civil, o corpo de Samuel Vieira Albino, 34 anos, foi identificado através da impressão digital. Samuel trabalhava na barragem de propriedade da Samarco - cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP - quando ela se rompeu, no dia 5 de novembro. De acordo com informações do site G1 Minas Gerais, outro corpo foi resgatado nesta sexta.


Com isso, são oito corpos identificados e quatro aguardam reconhecimento. Outras 11 pessoas estão desaparecidas, dentre elas oito trabalhadores do local e três moradores da região. Em conversa com o G1, o delegado regional Rodrigo Bustamante afirmou que o corpo de Samuel foi resgatado no dia 8 de novembro, na cidade de Rio Doce, a mais de 100 km do distrito de Bento Rodrigues. 
No início da noite, a família de Samuel ia de Mariana para a capital mineira. A mulher dele, Aline, disse que vai fazer o reconhecimento no IML para garantir que o corpo realmente é o do marido. "Infelizmente, fica o alívio", disse ao G1. Aline reclamou da demora para a realização do exame de impressão digital e também criticou o fato de o recolhimento de material genético de parentes das vítimas ter sido feito cerca de dez dias após a tragédia.
Desastre ambiental
Uma área equivalente a mil campos de futebol já foi afetada pelo desastre ambiental de Mariana. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), a lama que vazou da barragem do Fundão deve chegar à costa do estado do Espírito Santo no domingo (22).
"A gente sabe a área impactada. Agora, número de espécimes (da fauna e flora) ainda não foi calculado. Outras áreas ainda podem ser atingidas. Já foi feita até uma coleta de ovos de tartaruga para evitar que sejam impactados", afirmou Fernanda Pirillo, coordenadora-geral de emergências ambientais. Segundo Fernanda, a recuperação das áreas atingidas é possível. No entanto, ela preferiu não dar um prazo para que isso aconteça. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse terça-feira (17) que esse processo não duraria menos de 10 anos.
A empresa Samarco, responsável pelo vazamento da lama, foi multada pelo Ibama em R$ 250 milhões. Segundo o órgão, esse valor se justifica pelo fato da catástrofe ter gerado poluição hídrica, ter tornado áreas urbanas impróprias para ocupação, além da empresa ter lançado resíduos em desacordo com as exigências legais e provocar a mortandade de animais e a perda da biodiversidade ao longo do rio Doce. 
O rompimento da barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetou Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo.
Fonte: iBahia
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