Bolsonaro: o surgimento da Besta - Por Sérgio Jones

Foto: Divulgação 
A crise moral e ética têm se tornado uma constante em nosso país. A questão de valor moral não atinge somente às classes dirigentes, mas toda a sociedade, de forma indistinta. Um quadro revelador desta assertiva pode ser constatado com o surgimento de elementos oportunistas se aproveita para realizar a sua ‘avant première’ em uma sociedade enferma, eles deixam as trevas dos esgotos fétidos em que vivem para se apresentarem como a solução final de todos os males que acometem a humanidade. Uma dessas figuras emblemáticas que ganha visibilidade, nos dias atuais, chama-se Jair Bolsonaro, elemento bizarro que defende e representa valores do que há de mais sórdido ao demonstrar simpatia à adoção de práticas fascistas como a implantação da ditadura e da tortura, entre outras pérolas de seu discurso de ódio, além do imediato fechamento do Congresso e de que o Brasil precisa de uma guerra civil, mesmo que isso provocasse a morte de inocentes.

A Besta Humana, durante entrevista concedida a um órgão televisivo se  gaba de sonegar impostos e estimula os telespectadores a fazerem o mesmo. "Conselho meu e eu faço. Eu sonego tudo que for possível", afirma. Depois de vomitar uma série de impropérios e dizer que a  democracia é  uma "porcaria", conta o que faria se chegasse ao poder: "Daria golpe no mesmo dia”

O deputado ao se referir ao ex-presidente do Banco Central, Chico Lopes, é enfático ao defender a tese de que o mesmo merecia ser torturado em pleno Senado. "Dá porrada no Chico Lopes. Eu até sou favorável a CPI, no caso do Chico Lopes, tivesse pau de arara lá. Ele merecia isso: pau de arara. Funciona. Eu sou favorável à tortura."

A besta volta a atacar

Na sequência da entrevista, ele propõe o fuzilamento do ex-presidente Fernando Henrique e revela desprezo pelas eleições diretas: "Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Nada, absolutamente nada. Você só vai mudar, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, começando por FHC". Nesta época, em que foi concedida a entrevista, o Bolsonaro era jovem que ainda vicejava nos seus 44 anos de idade, quando exercia o seu terceiro mandato de deputado. Atualmente se encontra no sétimo, era filiado ao PPB (atual PP), partido de Paulo Maluf. Diante do exposto o que se pode constatar é que a estupidez humana é infinita e não aceita limites.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

*As opiniões emitidas e assinadas no Diário da Notícia é de inteira e única responsabilidade dos seus autores.

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