Câmara aprova projeto de lei que permite bacharéis em Direito atuarem sem registro na OAB

Foto: reprodução
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que cria a figura jurídica de assistente do advogado, o chamado paralegal. A ideia é possibilitar aos 5 milhões de bacharéis em Direito no Brasil a chance de atuar com registro nos escritórios de advocacia, mas com funções limitadas e que não ultrapassem a prerrogativa do advogado. Se não houver recurso, o projeto segue para a apreciação dos senadores. Inspirado no modelo norte-americano, o paralegal não pode assinar sozinho petições, tampouco defender um cliente ou um réu nos tribunais. Ele atuará, de acordo com a proposta, executando funções burocráticas e jurídicas, como ajudar na preparação de documentos e estratégia de defesa. Após acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ficou decidido que a função será inicialmente exercida por três anos para os já formados em Direito e os que ainda concluirão o curso, numa espécie de transição entre o bacharelado e a advocacia. Será necessário que o candidato se inscreva na Ordem e, passados os três anos, se o profissional não conseguir ser aprovado no Exame, ele voltará à condição de bacharel. “É uma experiência que estamos começamos. Partimos do princípio de que ninguém quer ser paralegal a vida inteira”, explicou o relator da proposta, Fábio Trad (PMDB-MS).

Daiene Cardoso, Agência Estado
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