Renovação das cadeiras na Assembleia é de 33%

Foto: Montagem/Reprodução
A Assembleia Legislativa teve uma renovação de 33% e a bancada baiana na Câmara Federal de 41%. Na AL-BA, 21 das 63 vagas serão ocupadas por novos membros, enquanto 16 novos baianos irão compor a bancada estadual na Câmara dos Deputados, formada por 39 cadeiras.

Com a eleição de Rui Costa como governador o petista terá inicialmente uma base de pelo menos 33 políticos na Assembleia - o que lhe daria uma maioria na Casa bastante apertada.

O número, porém, pode crescer e chegar a até 40 políticos, a depender de como irão se comportar políticos da coligação Juntos Somos Fortes (PV / PPS / PSDC / PTC / PRP / PT do B) - cujos partidos apoiaram a candidatura de Paulo Souto (DEM) - e da coligação Um Novo Caminho para a Bahia (PSB / PSL / PPL), que estiveram com Lídice da Mata (PSB).

A oposição, a princípio, seria formada por 23 políticos, o que daria ao grupo uma condição um pouco melhor do que ocorreu durante os últimos anos do governo Jaques Wagner (PT).

No total, 17 partidos elegeram representantes para o Legislativo baiano. As legendas com o maior número de integrantes na Casa são PT (11), PSD (8), DEM (6), PMDB (6), PP (5), PDT (5).

Novatos

A taxa de renovação da Assembleia Legislativa, de 33%, foi consideravelmente menor do que a registrada na última eleição, de 49%. Dos novatos, cinco vieram da Câmara Municipal de Salvador, três deles em seus primeiros mandatos no Legislativo soteropolitano. Marco Prisco (PSDB), Fabíola Mansur (PSB) e Marcell Moraes (PV) chegaram à Câmara soteropolitana em 2012.

Os outros dois vereadores da capital baiana que se elegeram deputados estaduais foram Alan Castro (PTN) e David Rios (PROS). Médicos, ambos haviam se licenciado de seus mandatos na Câmara Municipal.

Líder das duas últimas greves da Polícia Militar no estado, Prisco foi o terceiro deputado estadual mais votado, com 107.941 votos (dados referentes a 99,5% das urnas apuradas). Mesmo contestado e criticado por veterinários e pessoas ligadas à causa da defesa dos animais, Marcell foi eleito, aumentando a bancada do PV na Casa de um para dois representantes.

Com 145.340 votos, o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT) foi novamente o deputado estadual mais votado. O segundo lugar ficou com o deputado Pastor Sargento Isidório, que teve 123.171 votos. Isidório se define como "ex-gay" e ganhou notoriedade pelas declarações consideradas homofóbicas.

Outro evangélico que chegou à AL-BA foi o pastor Manassés (PSB), dono de uma instituição que leva o seu nome e realiza tratamento de recuperação de dependentes químicos, segundo relatos dos conhecidos vendedores de canetas nos ônibus.

O ex-jogador de futebol Bobô, ídolo do Esporte Clube Bahia, também conseguiu se eleger, pelo PCdoB. Ele ocupou o cargo de diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb).

Houve ainda, como é usual, deputados que não disputaram a reeleição e conseguiram eleger seus filhos. Foi o caso de João Bonfim, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que colocou Vitor Bonfim (PDT) em seu lugar. Ou de Luciano Simões (PMDB), que elegeu o filho homônimo.


16 novos deputados federais

Representantes de 16 partidos formarão no próximo ano a bancada baiana de 39 vagas na Câmara Federal. Dezesseis desses políticos não participaram da última legislatura como deputados federais.

O peemedebista Lúcio Vieira Lima foi o parlamentar baiano mais votado, com 221.852 votos (dados referentes à 99,5% das urnas apuradas). A renovação na Casa foi de 41%. Com isso, nomes conhecidos como Marcos Medrado (SD) e Amauri Teixeira (PT) não conseguiram a reeleição. Ao mesmo tempo, os ex-prefeitos petistas Luiz Caetano, de Camaçari, e Moema Gramacho, de Lauro de Freitas, se elegeram.

Petistas citados por reportagem da revista Veja como beneficiários de um suposto esquema de caixa 2 envolvendo o Instituto Brasil, Nelson Pelegrino e Afonso Florence renovaram seus mandatos.
Alvo da Operação Lava Jato e do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Luiz Argôlo (SD) não se reelegeu. Ele chegou a lançar seu irmão Manoelito Argôlo Júnior em uma tentativa de driblar uma possível cassação, caso esta ocorresse antes da eleição, mas o parente também não se elegeu.

Partidos

A correlação de forças aponta no mínimo 23 deputados  alinhados com o governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT), mas o número pode ser maior ou menor, a depender inclusive do resultado da eleição presidencial.

Os partidos que mais elegeram representantes para a bancada baiana na Câmara Federal foram o PT (8), DEM (4), PSD (4), PP (4) e PSDB (3).

Entre os novatos na Câmara Federal, estão  o ex-secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, a vereadora Tia Eron (PRB), o ex-prefeito de Mata de São João João Gualberto (PSDB),  o sindicalista Bebeto Galvão (PSB) e  Irmão Lázaro (PSC), ex-Olodum.

Fonte: A Tarde
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