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| Imagem: Divulgação | 
O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) vai instaurar inquérito 
civil a partir da representação contra a intolerância religiosa 
protocolizada na tarde desta segunda-feira, 23 de março, na sede do 
órgão, em Salvador, pelo Coletivo de Entidades Negras (CEN) e 
representantes de religiões de matriz africana.
Eles entregaram ao procurador-chefe do MPF/BA, Pablo Barreto, e ao 
procurador Regional dos Direitos dos Cidadãos (PRDC) Substituto, Edson 
Abdon, uma carta aberta às autoridades brasileiras, documentos e vídeos,
 nos quais denunciam casos de intolerância religiosa e ataques às 
religiões de matriz africana.
“Nossa obrigação constitucional é proteger os pilares da integridade 
religiosa. A representação será protocolizada, distribuída, vai receber 
um número e um procurador da República será designado para atuar no 
caso”, disse o procurador-chefe aos representantes do Cem e de terreiros
 de candomblé de Salvador. Já o PRDC substituto, Edson Abdon, reforçou 
que o MPF vai atuar na defesa da liberdade religiosa.
Diversos representantes do candomblé participaram de um ato em frente à
 sede do MPF/BA para a entrega da carta protesto. Entre eles, o 
coordenador do CEN, Luiz Paulo Bastos, o babalorixá Pecê de Oxumarê, 
Egboni Nice, do Terreiro da Casa Branca, Makota Valdina, líder 
comunitária e religiosa do Terreiro Angola Tanusi Junsara e Mãe Jaciara 
Ribeiro, do Ilê Axé Abassá de Ogum.
