Após aumento de verba, deputados da BA podem 'custar' até R$ 155 mil


Foto: Divulgação

Após o aumento de 18% na verba de gabinete dos deputados estaduais da Bahia, cada parlamentar pode "custar" até R$ 155 mil aos cofres públicos. O reajuste de R$ 78 mil para R$ 92 mil por mês foi aprovado durante sessão realizada na terça-feira (31), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com 54 votos a favor e 1 contra. O aumento entrou em vigor nesta quarta-feira (1º). 

A verba é destinada para custear despesas com os salários dos assessores parlamentares. Cada deputado pode contratar no mínimo dez e no máximo 30 funcionários por gabinete. Além dos R$ 92 mil, o parlamentar também pode gastar até R$ 38 mil com a verba indenizatória, que se refere a despesas com material de escritório, contratação de consultoria, locação de imóveis e de veículos. Os valores da verba de gabinete e indenizatória, somados ao salário de R$ 25.322,25 - que passou a vigorar em fevereiro deste ano depois aumento de mais de R$ 5 mil, aprovado em dezembro de 2014 - totaliza aproximadamente R$ 155 mil por cada deputado. O parlamentar da ALBA também tem direito a utilizar o valor referente a mil litros de combustível por mês que, em média, equivale a cerca de R$ 3,5 mil.

Em entrevista ao G1 nesta quarta-feira, o presidente da ALBA, deputado Marcelo Nilo (PDT), alegou que os assessores de cada gabinete não têm reajuste há quatro anos e ficaria defasado em relação ao valor destinado aos parlamentares de Brasília. "Essa verba é para os funcionários comissionados da assembleia e agora equiparou ao valor de Brasília. Eles já têm quatro anos sem aumento", disse Marcelo Nilo. 

A AL-BA é composta por 63 deputados. Apenas um deles, entre os 54 que estiveram presente na sessão que aprovou o aumento da verba de gabinete, se posicionou contra o aumento. A deputada Luiza Maia (PT) votou contra o acréscimo de R$ 14 mil à verba de gabinete. Ela afirma que, com a estrutura que a ALBA possui, não há necessidade de aumento. Maia ainda defende que o reajuste é uma afronta ao trabalhador comum. 

"O debate é que o país está numa situação complicada e é demissão para todo lado e vamos aumentar a verba do deputado? Nós não temos necessidade disso. Achei inadequado, imoral, desrespeitoso para quem está vivendo uma crise. Nós não temos necessidade disso", alega. 

Fonte: G1 Bahia
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