| Foto: Reprodução/Slave Voyages | 
Os pesquisadores do site Slave Voyages (do inglês, em tradução livre, 
Viagens de escravos), serão convocados pela Comissão da Verdade da 
Escravidão Negra da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do 
Brasil (OAB), que iniciou os trabalhos nesta segunda-feira (13). 
Segundo 
informações do portal UOL, a comissão já solicitou a ajuda do Consulado 
dos Estados Unidos para trazer os estudiosos para depor. 
De acordo com 
os dados catalogados no site, referentes a 29 mil travessias no 
Atlântico, que transportaram 9 milhões de escravos, navios com a 
bandeira de Brasil e Portugal chegaram a levar 5,8 milhões de escravos. 
Na sequência, vem o Reino Unido com 3,3 milhões de escravos, 
transportados principalmente para a Jamaica. 
Ainda segundo os dados, 
quando as leis abolicionistas ampliaram sua força, houve um aumento na 
quantidade de jovens escravizados: antes de 1841, a proporção de 
crianças nos navios era de 7,6%; 15 anos depois, o índice passou a 
59,5%. 
"No período ilegal do tráfico (a partir de 1831), era mais fácil 
para o traficante deslocar uma grande quantidade de escravos de uma 
região para outra se fossem crianças, já que havia entre elas menor 
resistência à escravidão", explicou ao UOL o historiador Daniel da 
Silva, membro do grupo que coordena o Slave Voyages, ligado à 
Universidade de Emory, em Atlanta (EUA). O estudo é conduzido desde a 
década de 1960.    
 
 
 
 
 
 
