Procura por Teste do Pezinho tem redução de 20%

Foto: Reprodução
Anualmente, uma média de 2,4 milhões de recém-nascidos fazem o Teste do Pezinho. O objetivo do exame é prevenir as doenças mais frequentes encontradas que são o hipotireoidismo congênito e a doença falciforme, que juntas perfazem uma média de 77% dos casos diagnosticados. Contudo, a diretora médica da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Salvador), Helena Pimentel, revela que houve uma redução de quase 20% na procura pelo teste na primeira semana do ano na Bahia, se comparado com o mesmo período de 2019.

A médica informou que, no ano passado, nos primeiros setes dias úteis, foram realizados 3.760 testes. Este ano, no entanto, foi registrada uma redução de 746 recém-nascidos, com relação ao mesmo período do ano passado.“Por conta disso, alertamos para a necessidade de as famílias levarem os bebês aos postos de coleta. O exame é fundamental para detectar e, como consequência, prevenir e tratar doenças”, afirma Helena.

O Teste do Pezinho é exame obrigatório para todos os recém-nascidos e gratuito na rede pública de saúde. A data para a coleta do teste foi preconizada entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê, principalmente por causa do início muito rápido dos sinais e sintomas de três das seis doenças detectadas, como o hipotireoidismo congênito, hiperplasia adrenal congênita e fenilcetonúria. Segundo a equipe da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), não existem impedimentos para os recém-nascidos que passarem do prazo, mas que é importante que o exame seja realizado o quanto antes para que o tratamento, caso necessário, seja iniciado logo cedo.

Quanto maior a rapidez na identificação e início do tratamento das doenças, maior a possibilidade de evitar sequelas nas crianças, como a deficiência mental, microcefalia, convulsões, comportamento autista, fibrosamento do pulmão, crises epilépticas, entre outras complicações. “A maioria das doenças investigadas pelo teste do pezinho são assintomáticas no período neonatal (de 0 a 28 dias de vida) e podem levar a deficiência mental ou afetar gravemente a saúde da criança.

Tratadas a tempo, a chance de que a doença não leve a sequelas é grande, melhorando a qualidade de vida dos afetados”,destaca a diretora médica da Apae Salvador. Após realizar a coleta de sangue, a médica Helena chama atenção para que os pais não esqueçam de pegar o laudo com os resultados, porque esta é a garantia da realização adequada do exame. Segundo a diretora, muitas pessoas não se preocupam em pegar os resultados porque acham que, se alguma doença for diagnosticada, a Apae entrará em contato.

“Nós entramos em contato, mas se por algum motivo a amostra de sangue estiver inadequada ou não chegar a Apae os exames laboratoriais não serão realizados. O resultado dos exames fecha o ciclo do programa e é sempre necessário mostrar o resultado ao pediatra ou à enfermeira do posto”, reforça.

Fonte: Tribuna da Bahia 
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