Brasil registrou aumento das queimadas em todos os seis biomas em 2019

Foto: Reprodução
As imagens da floresta Amazônica em chamas correram o mundo no ano passado e provocaram imensa comoção – e até uma crise diplomática entre o Brasil e países ricos –, mas a região não foi a única a sofrer com os incêndios no país. Em 2019, todos os seis biomas brasileiros registraram aumento do número de queimadas na comparação com 2018.

A última vez que isso ocorreu foi em 2002. Individualmente, as altas chegaram perto dos 500% e bateram recordes que perduravam há 14 anos, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O maior aumento percentual, de 492,8%, foi registrado no Pantanal. No Pampa, o número de incêndios quase dobrou (91,3%). Na Mata Atlântica e no Serrado, a alta ficou na ordem de 60%, e na Caatinga e Amazônia, em 30%.

Mais extenso dos biomas, a Amazônia teve o maior número absoluto de focos de incêndios: 89,1 mil, ou 20,8 mil a mais do que em 2018. No auge destas queimadas, em agosto, o tema chegou à cúpula do G7 (grupo de países ricos), que ofereceu US$ 20 milhões para auxiliar nas ações de combate.

O governo brasileiro, que interpretou a oferta como uma ameaça a sua soberania, rejeitou a ajuda – enquanto o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron, trocavam declarações com críticas e ofensas mútuas. Ainda na esteira da crise, a Alemanha e a Noruega anunciaram cortes nos repasses para o bilionário fundo Amazônia – criado para a conservação da floresta. Questionado pelo Metro Jornal há duas semanas, por e-mail e telefone, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu sobre quais fatores contribuíram para o aumento.

Fonte: Voz da Bahia
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