‘Fui hostilizado’, diz homem ao denunciar agressões e injúria racial no metrô de Salvador; empresa nega

Imagem: Reprodução 
Um homem de 29 anos relatou que sofreu agressões e injúria racial por parte de seguranças do metrô de Salvador, na noite de terça-feira (16), após problemas na máquina de recarga do cartão do transporte. A empresa CCR Metrô, responsável pelo transporte, nega que houve violência e injúria racial. 

Segundo o autônomo Caique Vitor Paiva, ele estava na Estação Rodoviária, de volta para casa, quando tentou recarregar o cartão da passagem através de uma máquina de autoatendimento. “Eu cheguei para fazer a recarga no cartão e apresentou problema. Aí falei para a vigilante: ‘A máquina não pode tomar o papel do homem porque a gente fica sem o suporte’. 

Na ocasião ela disse que eu estava duro, sem dinheiro, sendo que a máquina oferece a modalidade de crédito. Depois fui hostilizado pelos seguranças. Um rapaz chegou para mim e disse: ‘Você não sabe quem está por trás dessa farda’. Em tom de ameaça”, relembra Caique. Através de imagens, gravadas por uma pessoa que passava no local, é possível ver o momento em que Caique é contido pelos seguranças. O homem que grava o vídeo diz que uma segurança bateu no autônomo, mas a segurança nega.

“Eu fui agredido, fui discriminado. Isso não tem que acontecer, tem que dar um basta”, disse Caique. Ainda nas imagens, os seguranças tentam retirar Caique da estação de metrô. Segundo ele, os homens queriam levá-lo para uma sala no terminal enquanto a Polícia Militar estava a caminho do local. Em nota, a CCR Metrô detalhou que ao ser abordado pelos agentes de atendimento e segurança, por ameaças de degradar o equipamento de autoatendimento na Estação Rodoviária, o cliente se exaltou e colocou em risco a integridade dos clientes e colaboradores no local. 

Diante do caso, houve a necessidade de intervenção dos agentes para conter o homem e encaminhá-lo para delegacia, conforme protocolos de abordagem. A empresa disse ainda que conta com programa contínuo de capacitação dos colaboradores, com foco no atendimento e não tolera violência ou quaisquer atitudes agressivas com seus clientes e sociedade. 

Após a PM ser acionada e ir ao local, Caique foi encaminhado para a Central de Flagrantes. Ele disse que os policiais relataram desacato ao chegar na delegacia, mas nega que houve desacato. Tentamos contato com a Polícia Civil para mais detalhes sobre o caso, mas não obteve retorno. Caique também não detalhou se registrou o caso na delegacia, mas disse que quando esteve na Central de Flagrantes conseguiu acionar um advogado, que esteve no local.




Fonte: G1
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