Ômicron: crianças estão entre os mais vulneráveis da nova variante do coronavírus

Foto: Reprodução | TV Jaguar
Após quase dois anos convivendo com o coronavírus, ainda surgem fatos e curiosidades desconhecidos sobre a doença. Desde sequelas, novos sintomas, taxa de transmissibilidade e mutações, a pandemia gerou um cenário de incertezas em todo o mundo.

Recentemente o Brasil começou a vacinar crianças e adolescentes. A Bahia organizou este público em dois grupos distintos. A vacinação chegou primeiro para a faixa entre 12 e 17 anos e, finalmente, as crianças entre 5 e 11 anos começaram a ter direito a imunização.

Diferente do início da pandemia, em que idosos foram as maiores vítimas da covid-19, atualmente as crianças são responsáveis por um número expressivo de internações hospitalares nas unidades de terapia intensiva (UTI’s), em decorrência da variante Ômicron. Esses dados são resultantes da flexibilização das medidas de isolamento, reabertura de ambientes coletivos e a vacinação que ainda segue em fase inicial deste público.

Para a pediatra e professora do curso de medicina da Faculdade Unime, Dr. Adriana Cardoso, os adultos são responsáveis por proteger essa população num momento delicado, evitando uma disseminação de casos da doença entre as crianças.

“Sabemos que os pequenos não têm uma noção real do que está acontecendo. É responsabilidade dos pais e responsáveis orientá-los sobre como se comportar em ambientes públicos e, quando possível, evitar locais aglomerados. Ainda estamos em situação de atenção”, alerta a médica.

Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que, entre janeiro e julho de 2021, 15.483 crianças de 0 a 9 anos foram internadas por Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o Brasil. Em 2020, de abril a dezembro, foram 10.352 internações na mesma faixa etária.

A Dr. Adriana Cardoso demonstra preocupação com a transmissão da Ômicron. “A taxa de contaminação da Ômicron, segundo os pesquisadores, é comprovadamente superior à cepa original. Já estamos vendo os vacinados se infectando, ainda que seja menos grave, mas é um sinal de alerta para as crianças”, diz a pediatra.

Por fim, a médica orienta: “A melhor solução é nos prevenirmos, e sabemos como fazer isso. Precisamos manter o distanciamento, seguir as orientações das autoridades de saúde e, aos pais, peço que deixem as crianças distantes dos espaços lotados. Elas estão muito vulneráveis”, conclui a especialista.

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