Cachoeira: funcionários da fábrica de papel do Tororó reivindicam seus direitos trabalhistas

Foto: Adriano Rivera/Diário da Notícia 
Nesta quarta feira (10/05) funcionários da fábrica de papel localizada no Tororó, em Cachoeira, foram até a empresa para assinarem e receberem a rescisão contratual. Porém, os colaboradores se recusaram a assinar, pois, a administração da fábrica não tinha realizado o depósito de pagamento. Mais de 40 funcionários foram demitidos de uma vez só (saiba mais).

Em entrevista ao Diário da Notícia o funcionário de prenome Luciano falou sobre as pautas de reivindicações apresentadas contra a empresa.

"Nós estamos aqui nesse momento reivindicando os nossos direitos porque a fábrica colocou os funcionários para fora em março e prometeu pagar a nossa rescisão. Só que nós chegamos aqui hoje e nossa rescisão estava batida, porém, o dinheiro não tá em conta. Então nós não podemos assinar essa rescisão sendo que o dinheiro não tá na conta - até porque já teve outros fatos aqui de acordo assinado judicialmente e não foi cumprido por eles, entendeu. Então o que é que acontece? A gente não tem confiança neles nesse caso," revela.

Segundo o funcionário, a empresa disse que não tem condições de pagar o FGTS e os 40% da multa. "Eles queriam que a gente assinasse a rescisão e já disse que a gente não ia receber o FGTS e nem os 40%, porque eles não tinham condições - porque eles estavam com débito com a Caixa - então a gente já vai tomar um prejuízo grande que é o FGTS e os 40%. Nós não vamos ter direito ao FGTS," disse.

Ainda conforme o colaborador, a fábrica prometeu pagar todos os direitos, porém, não estipulou data. "A empresa disse que nós vamos receber, mas não disse o tempo, disse que a gente ia receber só não deu segurança pra gente. Ela não disse daqui a um mês, dois meses, três meses, ela disse que a gente ia receber mas não sabia quando. Nós queremos ter todos os nossos direitos garantidos como tá na Constituição," reivindica.

Questionado sobre a situação dos demais trabalhadores que também foram demitidos, Luciano disse que os colegas estão revoltados.

"Muitos dos nossos colegas estão revoltados com isso porque a gente trabalhou um mês e a gente tinha que receber o nosso salário, a gente está esperando receber o nosso salário e de repentemente eles pararam a atividade e dispensaram todo mundo e disseram que a gente receberia o mês do aviso prévio. Há mais ou menos uma semana quando a gente soube que a gente estava demitido já foi dito logo que a gente ia receber o nosso aviso prévio e iria pagar a nossa rescisão tudo certinho só que a gente tinha um mês de trabalho e já tinha que receber o mês de trabalho e a gente não recebeu esse mês de trabalho, não recebeu o aviso, então a gente já perdeu um mês trabalhado."

Antes de finalizar, Luciano disse que a empresa não estava dando condições de trabalho para os funcionários. 

"Se alguém entrar aí vai ver qual é a condição que tá. Se passar na parte de cima você vai ver como tá a condição do telhado, que está caindo. Inclusive muitas das partes do telhado caíram aí dentro. Já é uma situação precária para a gente trabalhar aí dentro e a gente só trabalhou assim pela necessidade de alimentar nossa família, nós estávamos aí dentro dando o nosso melhor e agora queremos nossos direitos." Informações do repórter Adriano Rivera do Diário da Notícia.

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