No Maio Laranja, exposição Nem Tão Doce Lar chega a Cachoeira para promover discussão sobre violência doméstica e familiar

Foto: Daniela Huberty/FLD
Entre os dias 16 e 18 de maio, a exposição Nem Tão Doce Lar chega a Cachoeira (BA), no Recôncavo Baiano, visando sensibilizar a sociedade para o tema da superação da violência doméstica e familiar. Trata-se de uma mostra itinerante e interativa, que possibilita a popularização da discussão e do enfrentamento da violência ao levar para o espaço público uma típica casa familiar, com informações e imagens que denunciam a violência sofrida por mulheres, crianças, jovens, pessoas idosas e com deficiência.

A exposição será montada na UBUNTU – Casa de Cultura, Arte e Formação (Praça Maciel, 13) e aberta para visitação pública das 9h às 11h e das 14h às 16h. Durante a visita, é possível circular por diferentes cômodos da casa, identificar pistas deixadas nos cenários e expor as impressões em uma roda de conversa conduzida pelas acolhedoras e acolhedores que participaram da formação.

Há também pequenos cartazes relacionados aos elementos apresentados, nos quais constam informações a respeito dos diversos tipos de violência que podem acontecer no ambiente e convívio doméstico e familiar. Dessa forma, a iniciativa sensibiliza, propõe métodos preventivos e incentiva a denúncia.

Na Bahia, as atividades também integram as ações alusivas ao 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Além da exposição, a iniciativa conta com oficina de formação para acolhedoras e acolhedores, que será realizada no dia 15 de maio.

A iniciativa é da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) e no município de Cachoeira será realizada em parceria com Koinonia Presença Ecumênica, CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço, Articulação de Mulheres Negras no quilombo Engenho da Ponte e Rede de Mulheres Negras.

Além de Cachoeira, a exposição será realizada em Salvador no dia 19 de maio. As atividades da Nem Tão Doce Lar na Bahia contam com o apoio do Fórum Ecumênico ACT Brasil e do Programa Global de Gênero de ACT.

Esta é a segunda vez que a Nem Tão Doce Lar chega à Bahia. Em 2018, a exposição integrou as atividades da VII Jornada de Enfermagem, no Instituto Federal da Bahia (IFBA), na cidade de Eunápolis. Na Bahia, um dos pontos a serem refletidos com mais intensidade é o papel da sociedade civil no combate à violência doméstica e familiar contra crianças a adolescentes, em alusão ao Maio Laranja e ao 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Em 2023, a iniciativa já esteve nos municípios de Santo Ângelo e Alegrete (RS), onde mais de 500 estudantes e público geral visitaram a exposição e cerca de 60 profissionais da rede local de apoio e acolhimento de vítimas da violência doméstica e acadêmicas e acadêmicos participaram da oficina de formação para acolhedoras e acolhedores. Além da Bahia, a Nem Tão Doce Lar ainda irá percorrer, neste ano, mais cidades gaúchas e os estados do Espírito Santo, Pernambuco e Rondônia.

Sobre a Nem Tão Doce Lar

A Nem Tão Doce Lar envolve uma metodologia de intervenção coletiva para a superação da violência doméstica e familiar, que possibilita a reflexão e promove a popularização da discussão desse tema, tantas vezes invisibilizado e naturalizado. Também fomenta o debate e a elaboração de estratégias de enfrentamento e de superação da violência a partir da criação e fortalecimento de redes de apoio entre organizações da sociedade civil, instituições governamentais, universidades, escolas e comunidades religiosas. O nome faz alusão à citação “Lar doce Lar”, muito comum em casas brasileiras. 

A mostra nasceu a partir de uma exposição internacional chamada Rua das Rosas, criada pela antropóloga alemã Una Hombrecher, com o apoio da agência Pão para o Mundo (PPM). A proposta inicial, que tinha ainda uma linguagem europeia, foi apresentada em Porto Alegre, de 14 a 23 de fevereiro de 2006, durante a 9ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).

Essa primeira exposição esteve sob a coordenação da FLD, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e um consórcio de organizações da sociedade civil que atuam denunciando e construindo possibilidades de superação da violência. Posteriormente, a partir de um amplo processo de construção coletiva, a exposição recebeu um enfoque brasileiro. Para mais informações clique aqui.

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