Opinião: Burguesia proxeneta continua lutando para manter seus sórdidos privilégios e o povo brasileiro na senzala

Imagem: Ilustrativa | Geledés
Por Sérgio Jones
O sistema escravocrata no Brasil se consolidou como uma experiência de longa duração que marcou diversos aspectos da cultura e da sociedade brasileira. Ao longo de nossa história podemos constatar a ocorrência do problema do preconceito racial e social. Todo este sórdido processo obedece a vários interesses que se estende do econômico ao papel desempenhado pela igreja no então Brasil colônia

De lá para cá pouco ou nada mudou, as práticas no campo da exploração capital x trabalho se agravaram. Atualmente, são atingidos não só os negros mais todo o proletariado, independente da cor da pele. Os senhores da Casa Grande acabaram migrando do campo para os grandes centros urbanos. Agora sob o verniz de capitães das indústrias, eles continuam dando expansão a um processo mais refinado no campo da exploração da classe trabalhadora. Com o apoio criminoso da classe política que se encontra submissa e dócil aos interesses, nem sempre confessáveis, deste odioso segmento.

Usando como estratégia para a expansão de seus domínios a classe burguesa mantém um rígido e restrito controle das principais instituições brasileiras, principalmente no campo político, judiciário e educacional, além de ocuparem os espaços em entidades outras, tendo como objetivo único se perpetuarem nos podres poderes, enquanto classe dominante. Mantendo para isso a subserviência e aceitação de grande segmento da sociedade.

Historicamente, esta situação acima descrita pode ser constatada pelas atuais práticas políticas que atentam principalmente para desmantelar os ganhos e os interesses sociais conquistadas à duras penas pela classe proletária do Brasil. Apesar da tão proclamada extinção do sistema escravocrata, a abolição não foi na sua totalidade acompanhada por nenhuma ação no sentido de integrar o povo, em especial ao negro à sociedade brasileira.

A discriminação racial e a exclusão econômica persistem ao longo do século XXI. Agravada pelas várias ações governamentais que atualmente contribuem para ampliar esta “dívida histórica”. Falta muito para que o povo supere os resquícios de uma cultura ainda aberta ao signo da exclusão, principalmente em um país em que se acostumaram dizer que Deus é brasileiro. Se isto é verdade, tudo deixa transparecer que o poderoso ainda não tomou consciência desta realidade e se tomou, permanece indiferente a ela.

#Sérgio Jones é jornalista formado pela FACOM-UFBA
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