FEIRA DE SANTANA: dois manifestantes são conduzidos à delegacia e liberados no BRT


Imagem: Ed Santos/Acorda Cidade

Dois manifestantes foram conduzidos ao Complexo de Delegacias de Feira de Santana, no bairro Sobradinho, por volta das 10h30 desta segunda-feira (26), poucas horas depois do Grupo Unificado contra o BRT ter sido retirado do canteiro central da Avenida Maria Quitéria - local onde estavam acampados para evitar as obras do sistema de transporte rápido. O grupo é contra o projeto no centro da cidade que prevê a retirada de diversas árvores e estava acampado há cerca de 50 dias no canteiro. A ação para retirá-los foi realizada pela Guarda Municipal por volta das 5h da manhã de hoje.


De acordo com o capitão Djomar, subcomandante da 64ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), os jovens, um de 21 anos de idade e um menor , foram ouvidos e liberados. Eles foram acusados de desacato à autoridade e dano qualificado.

O policial informou que um efetivo foi enviado ao posto policial localizado próximo Hospital Emec e ao local do acampamento e que um dos manifestantes se distanciou dos demais com um cigarro e baforou a fumaça nos policiais pronunciando palavras de baixo calão logo em seguida. Ao ser conduzido para a viatura, um adolescente se pendurou no veículo em movimento e também foi conduzido.

“Por medidas de segurança, enviamos um efetivo para o posto policial para observarmos a situação a fim de garantir a ordem no local, para evitar que pessoas fossem agredidas e que um tumulto fosse gerado. Ocorre que ao chegarmos ao local alguns manifestantes estavam recolhendo pneus e colocando no canteiro central da Getulio Vargas. Eu conversei com os mesmos e disse que a Polícia Militar não permitiria que fossem queimados pneus no centro da cidade, próximo ao hospital, visto que essa fumaça iria causar o maior transtorno para os pacientes e as pessoas que estavam circulando naquela unidade hospitalar. Paralelo a isso falamos que é previsto na constituição e que eles podiam se manifestar. Eles disseram que iriam trazer um carro de som, e ficou acordado que eles colocariam o som e que fariam sua manifestação de forma ordeira e pacífica. O policiamento ficou afastado e eles ficaram próximo ao Emec. Ocorre que um destes manifestantes deslocou-se até próximo ao posto policial, lá acendeu um cigarro e começou a baforar fumaça nos policiais. Os policiais disseram para ele não fazer aquilo e de forma bastante deselegante ele soprou o cigarro em um policial e pronunciou palavras de baixo calão desacatando o mesmo. Foi dada a voz de prisão e ele foi conduzido ao interior da delegacia para ser levado até a delegacia competente. Ocorre que neste momento ele começou a se debater criando resistência para entrar na viatura. O que não podíamos era agredi-lo e isso não foi feito. Com mais de dois policiais, vencemos a resistência para contê-lo e colocá-lo na viatura, como foi feito. Ocorre que ao iniciar a condução, um outro indivíduo que também estava no momento pongou no fundo da viatura quando esta se deslocava correndo o risco inclusive de cair na via pública. A viatura parou porque ele ia tentar tirar o colega do interior da viatura e demos voz de prisão a ele também. Até então não sabíamos que este que pongava na viatura se tratava de um menor de idade, pois o mesmo não portava documento de identidade”, relatou o subcomandante. (Sic).

O policial informou que a presença da viatura não tinha intenção de coibir a manifestação. “A Polícia Militar não coíbe uma ação legal de manifestação, o que não pode acontecer são pessoas que dizem estar participando de movimentos sociais perceberem a presença da PM e irem até o policial xingá-lo e menosprezá-lo, pois se trata de um agente público representante do estado que não está ali brincando, mas dando segurança e protegendo a sociedade”, concluiu.

De acordo com a delegada Milena Calmon, titular da Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), o adolescente prestou depoimento ao lado da mãe e foi liberado após assinar o Boletim de Ocorrência Circunstanciado. “O jovem foi apresentado sob alegação de desacato e danificação da viatura. Ele vai responder ao boletim e ocorrência referente aos atos inflacionais de dano qualificado por se tratar de uma viatura de patrimônio público e por desacato a autoridade. A viatura passará por perícia e o procedimento será encaminhado ao Ministério Público”, informou a delegada.

Fonte: Acorda Cidade
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