Lauro de Freitas: Trabalhadores em educação iniciam greve nesta sexta (12)

Foto: Divulgação / Asprolf
Previsto para ter início na próxima segunda-feira, 15/02, o ano letivo da rede municipal de ensino de Lauro de Freitas começará com greve por tempo indeterminado dos trabalhadores em educação. Em assembleia realizada no último dia 3, os funcionários decidiram iniciar o movimento nesta sexta-feira (12), em meio ao começo da Jornada Pedagógica.

De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Educação (Asprolf), Valdir Silva, a greve é motivada por uma lei municipal modificada no ano passado pela Câmara de Vereadores, que proibiu a comunidade escolar de escolher os dirigentes das escolas. Atualmente, as indicações são feitas pela prefeitura, algo que, em tempos de eleições municipais, Silva enxerga como medida eleitoreira. 

“É uma lei que existe desde 2007, mas nós encaminhamos um projeto para modificar isto. A prefeitura não aprovou o projeto e nem encaminhou para pauta o projeto e deu um golpe na gente, alterando a lei orgânica, proibindo a escolha pela comunidade escolar. O prefeito rateou as escolas, fez as Capitanias Hereditárias e distribuiu as indicações para os vereadores. As escolas vão ser um QG dos vereadores”, criticou. 

Outra reivindicação dos trabalhadores é contra uma reformulação no ensino iniciada pela prefeitura, aos moldes da proposta feita em São Paulo pelo governo Geraldo Alckmin. 

“Está tendo o fechamento de turnos de escolas desde o ano retrasado, deixando a comunidade sem opção. As salas estão ficando superlotadas, criando uma situação horrível de aprendizado para as crianças, além da infraestrutura ser horrível, sem qualidade  das salas, são 40 alunos por sala”, relatou. 

Os trabalhadores ainda rechaçam a falta de diálogo da prefeitura com a categoria. “Eles se negam a conversar com a categoria desde o ano passado, o prefeito sequer se sentou para conversar com a categoria, enviamos ofício falando da greve , pedimos uma reunião urgente com a prefeitura, mas a prefeitura parece não estar disposta a conversar”, afirmou. 

O Bahia Notícias entrou em contato com a Secretaria de Educação, mas não obteve resposta.  
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