Gás de cozinha é vendido por até R$ 84 na capital baiana

Foto: Reprodução
Na noite da última segunda-feira, tão logo foi confirmado o anuncio de reajuste de preço do gás de cozinha (Gás Liquefeito de Petróleo - GLP) nas refinarias, pela Petrobras, os postos de revenda em Salvador começaram a orientar seus funcionários a praticar o novo preço na manhã seguinte. O resultado foi que ontem pela manhã já tinha local em Salvador vendendo o produto a R$ 81,00, o botijão de 13 quilos, com acréscimo de R$ 4 se o pagamento for feito em cartão de crédito. Em Salvador não há uma uniformidade de preços e o gás de cozinha teve uma variação de até R$ 20, 00 de um bairro a outro, e também preços diferenciados não só nas modalidades de pagamento, mas também nas de entrega. “Aqui a gente vende a R$ 72 se o cidadão vir pegar no posto e pagar em dinheiro. Se for para entrega na residência, vai para R$ 81 à vista e R$ 84,00 no cartão”, disse a atendente da loja Edgar Gás.

A variação de preços, pode ser verificada na revenda na Rua Filhas de Maria, bairro de Dom Avelar, onde o gás até ontem estava sendo vendido a R$ 60 para pagamento em dinheiro, com acréscimo de R$ 5 se a compra for em cartão, e R$ 70 para entrega nas residências. Já na parte central da cidade, no bairro do Engenho Velho de Brotas, ele estava custando R$ 65 à vista e R$ 80 se for entregue nas casas. Na rua 11 de Agosto, na Vasco da Gama, o mesmo produto variava entre R$ 63 no local, e R$ 70 para entrega nas residências. Em nota, o Sindigás, que representam as distribuidoras de GLP na Bahia, informou que as empresas distribuidoras associadas à entidade foram comunicadas na tarde de ontem pela Petrobras que o gás de cozinha teria um reajuste entre 8,2% e 9%, passando para R$ 25,09 nas refinarias, de acordo com o polo de suprimento.

 Pelos cálculos do Sindigás, o ajuste anunciado deixa o preço praticado pela Petrobras para as embalagens de até 13 quilos aproximadamente 29% abaixo do preço de paridade internacional. Mais difícil Para quem se acostumou com o preço do gás em até R$ 60,00, em alguns bairros de Salvador, surpresa ontem pesou no orçamento. Foi o caso de Walter Lima dos Santos, que foi surpreendido com o gás que acabou na noite anterior e ontem, ao se dirigir ao posto de revenda no bairro de Sete de Abril, descobriu que o botijão estava custando R$ 75 no local e R$ 79 se fosse entregue na sua residência. “E isso só vale para pagamento à vista, em dinheiro”, ressaltou. De acordo com a as explicações da Petrobras, este ano ocorreram duas reduções nos preços, em janeiro e abril, e uma elevação, em julho.

O novo preço representa um ajuste de 8,5%, ou R$ 1,97 em relação aos R$ 23,10 vigentes desde julho. A desvalorização do real frente ao dólar e as elevações nas cotações internacionais do GLP foram os principais fatores para a alta. A referência continua a ser a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5%. Atualmente esse mercado é regulamentado pelas portarias da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Lei 9.478/97 (Lei do Petróleo). Esta lei flexibilizou o monopólio do setor petróleo e gás natural, até então exercido pela Petrobras, tornando aberto o mercado de combustíveis no país. Dessa forma, desde janeiro de 2002 as importações de GLP foram liberadas e o seu preço passou a ser definido pelo próprio mercado. Bahia tem o segundo menor preço Até antes do reajuste desta segunda-feira, a Bahia aparecia nos boletins da Agência Nacional de Petróleo (ANP) como a segunda menor média de preços do gás de cozinha entre os estados brasileiros e o Distrito Federal.

Na Bahia a média do preço do gás estava em R$ 63,299, acima apenas do Rio de Janeiro, com 63,212, e abaixo do Espírito Santo, o terceiro colocado, com R$ 63,496. Já na Bahia, o preço médio em Salvador era de 63,95, com o menor valor em R$ 60,00 e o maior custando R$ 70,00. Nas cidades pesquisadas pela ANP, o menor preço praticado estava em Simões Filho, R$ 55, seguido de Teixeira de Freitas, com variação entre 60 e R$ 66 e a capital, com variação entre R$ 60 e R$ 70. Impostos – Segundo a metodologia aplicada pela Petrobras, o preço do GLP para as distribuidoras é composto pela soma de duas parcelas: a parcela valor do produto da Petrobras, e a parcela tributos, que são cobrados pelos estados (ICMS) e pela União (CIDE, PIS/PASEP e Cofins). No preço do botijão pago pelos consumidores nos pontos de revenda também estão incluídos os custos e as margens de comercialização das distribuidoras e dos pontos de revenda.

Fonte: Tribuna da Bahia
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