Projeto "Pé Na Escola" vira alvo de polêmica na CMS

Foto: Reprodução
O projeto "Pé Na Escola" está dividindo opiniões desde que foi apresentado pelo Executivo Municipal na Câmara Municipal de Salvador. O programa pretende ofertar, inicialmente, 10 mil vagas para crianças em idade pré-escolar (4 e 5 anos), em parceria com instituições privadas de ensino. O investimento inicial previsto para o programa é de R$ 30 milhões, com recursos 100% municipais. As instituições selecionadas deverão funcionar em locais onde não há vagas ofertadas pela Prefeitura, seja através da rede própria ou por meio de convênio.

Ontem, o programa "Política na Mesa", da Rádio Câmara Salvador, debateu o assunto com a presença do vereador Alexandre Aleluia (DEM) - que já havia apresentado um projeto para que as escolas municipais adotassem o modelo "charter school". "Em março de 2017, apresentei um projeto de indicação do sistema, que acontece em vários lugares do mundo. É um sistema que atrai a iniciativa privada para a educação pública", afirmou. Já Aladilce Souza (PCdoB), também presente no programa, deixou claro que discorda do projeto. "O prefeito ACM Neto já está no segundo período de governo e teve muito tempo para se planejar e garantir a educação fundamental para as nossas crianças.

Ele manda um projeto no final do ano e, antes mesmo de ele ser aprovado, já está sendo lançado". Ainda ontem, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Município do Salvador (CMDCA) emitiu um posicionamento a respeito do projeto de Lei nº 291/2018, que trata do projeto "Pé na Escola" na Câmara Municipal. A entidade exigiu a suspensão da tramitação da matéria após assembleia. Para a direção do CMDCA, "é de fundamental importância uma posição explícita do Conselho Municipal da Educação, considerando a composição e finalidades”.

Também foi solicitado que, além da retirada da urgência da matéria, seja um elaborado um calendário de debates “com prazo maior de discussão mobilização e possíveis emendas ao projeto”. “Também fundamental é recomendar interação com políticas especiais para crianças e adolescentes, assistência Social, com vistas à criação de equipe e política de apoio que inibam violações de direitos a crianças, especialmente relacionadas à condição econômica e social, raça, cor, etnia e local de moradia”, diz o presidente, Renildo Barbosa. Também será pedido à Secretaria Municipal de Educação que apresente as informações solicitadas sobre o projeto e a presença de representante com explicações qualificadas sobre o projeto.

Fonte: Tribuna da Bahia 
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