Menina baiana de dois anos é morta após viajar para ficar com pai em SP; madrasta de 16 anos foi apreendida

Foto: Reprodução
A mãe da criança conta que não teve muito contato com o ex-marido nos últimos três meses. Ela via a menina por chamada de vídeo, através do celular da madrasta da filha. “Todas as chamadas de vídeo que a gente fazia eu via ela triste, ela já era maltratada pela madrasta. Eu falei com ele que ela estava assustada e que era para ele trazer ela de volta.

Até disse que se ele não tivesse como, eu ia lá buscar”, contou. Ainda segundo a mulher, após a conversa, o pai da menina disse que não ia mais devolver a criança e a madrasta parou de fazer chamadas de vídeo com ela. “Ele me disse que eu nunca mais moraria com a menina e que, se dependesse dele, eu nunca mais ia ver a menina. Ele me disse que se eu entrasse na Justiça e colocasse um advogado, ele colocava dois”, lembrou. “No outro dia eu conversei com a madrasta, e ela mandou eu ficar tranquila, que em outubro do ano que vem, quando eles teriam férias, ela traria minha filha. Só que depois não mandava mais fotos da minha filha, só na segunda (9), que ela mandou uma que minha filha estava com o braço roxo”.

“Na segunda-feira (9), ela [madrasta da menina] disse que o celular dela estava com problema e não fazia, nem recebia chamada de vídeo. Aí eu disse que era para ela procurar um celular para eu ver minha filha, porque eu tinha que falar com ela”, lembrou a mãe da criança. A mulher lembra que a adolescente quem deu a notícia sobre a morte da filha dela. “Ela mandou uma mensagem dizendo: ‘Fica tranquila, mas sua filha faleceu. Ela teve uma convulsão, passou mal e morreu’.

Eu fiquei em estado de choque e depois liguei para saber direito o que tinha acontecido”, contou. A mãe da menina informou que a adolescente deu a ela mais de uma versão sobre a morte da menina. “Primeiro ela disse que [a criança] teve uma convulsão, passou mal e morreu. Depois disse que caiu no chão e desmaiou, depois que morreu nos braços dela”.

Ainda de acordo com a mãe da criança, o pai da menina se ofereceu para pagar a passagem aérea para ela, porque a menina seria enterrada na capital paulista. “Ele estava querendo pagar minha passagem para enterrar lá. Disse que a gente não ia enterrar aqui. Só depois que o chefe dele entrou na história, que pagou o translado e a gente viu o corpo da minha filha”, disse. O corpo da vítima foi enterrado no mesmo dia em que a madrasta foi apreendida, na quinta-feira (12), no Cemitério Municipal de Itapuã, em Salvador. “Foi um choque, porque você olhava o corpo dela e tinha muitas marcas roxas. Vários arranhões”, contou a mãe da criança.

Fonte: Voz da Bahia 
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