Campanha ajuda mulheres vítimas de violência doméstica

Foto: Reprodução
A Bahia registrou, durante o período da pandemia da Covid-19, um aumento nas denúncias de violência doméstica contra a mulher na comparação com o mesmo período de 2019. Diante deste quadro, a Associação dos Procuradores do Estado da Bahia (APEB) aderiu à campanha ‘Sinal Vermelho’, que tem como objetivo oferecer um canal para que estas mulheres vítimas de violência em seus lares se identifiquem em estabelecimentos comerciais, como farmácias, e empresas que aderiram à campanha.

Para a presidente da Associação dos Procuradores do Estado da Bahia (APEB), segunda vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Estado e do Distrito Federal, e procuradora do Estado da Bahia, Cristiane Guimarães, a ação é simples e consiste em a mulher vítima de violência marcar uma “X” vermelho na palma da mão.

“É preciso que elas se identifiquem neste locais e, a partir daí, sejam ajudadas a tomar as devidas soluções. É uma atitude muito simples, que exigem dois gestos apenas: a vitima fazer um ‘X’ nas mãos e a empresa fazer uma ligação. Normalmente a farmácia tem o cadastro das pessoas que compram o medicamento, como endereço.

A farmácia seria o local mais seguro”, detalhou Cristiane em entrevista na manhã desta segunda-feira, 27. De acordo com ela, os casos de violência doméstica registraram aumento em diversos estados do país durante a pandemia, período em que as vítimas estão tendo que conviver mais tempo com seus agressores. “Temos tido a informação que o aumento da violência no Acre foi de 300%. Em São Paulo, houve alta de 51% de prisões em flagrante por atos de violência.

Nossa Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres estima um aumento três vezes maior”, relatou. Segundo ela, os casos de violência estão ligados ao machismo estrutural presente em nossa sociedade. “O feminicídio costuma ser o ponto final do ciclo da violência, que começa com abusos psicológico e físico. Temos um problema histórico. Ao longo do século, muita literatura foi produzida para elaborar esta violência doméstica. Machismo estrutural está impregnado no inconsciente”, contextualizou. Denúncias de casos de violência doméstica podem ser feitas por meio do Disque 180, no 190 e também nas delegacias especializadas.


Fonte: A Tarde 
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