Salvador: Mulher é agredida por policial dentro de supermercado após ter discussão com mãe dele

Foto: Reprodução
Uma mulher de 25 anos denunciou ter sido agredida por um policial, dentro do supermercado Mercantil Rodrigues, no bairro de Pirajá, em Salvador, após ter discutido com uma idosa, por causa de um carrinho de compras.

Segundo a vítima, o homem, que estava fardado, apareceu no local depois da discussão, se apresentou como filho da senhora e a ameaçou com uma arma. De acordo com Luana Stephanie, o caso aconteceu no início da tarde de terça-feira (8). O policial militar fugiu do local após a agressão. “Eu e meu esposo, a gente pegou aqueles carrinhos de compra e eu fui ver um vinho, que estava na entrada.

Uma senhora pegou o meu carrinho e eu falei: ‘Senhora, esse carrinho é meu’. Aí a filha dela falou comigo: ‘Ela não está pegando, ela só estava tirando do caminho’”, disse. “Eu falei: ‘Tudo bem’ e ela começou com as agressões verbais, a me agredir verbalmente. Aí eu segui meu caminho, fui comprar as coisas que tinha que comprar e depois fui pagar as contas no caixa.

Eu, por incrível que pareça, fui para o mesmo caixa que ela, mas não foi propositalmente, aconteceu, eu não a vi”, contou a autônoma. Momentos depois de ela ter discutido com a idosa e ter procurado uma outra fila para pagar suas compras, a vítima viu a senhora falando com alguém no celular. “Ela começou a falar no telefone dizendo: ‘Fala aí agora, eu vou ligar para meu filho e aí você vai ver’. 

Ela realmente ligou para o filho, ficou no telefone falando e eu decidi trocar de caixa. Ela falava: ‘Mande uma viatura aqui agora, porque a minha mãe está passando mal e tem uma moça aqui muito ignorante e tratou a gente super mal”, disse Luana Stephanie. “Eu estava na minha, porque eu não tinha feito nada com ela.

Enquanto eu estava no outro caixa, eu só vi um policial chegando já com a arma em punho. O policial veio, foi bastante agressivo, já chegou me ofendendo, me deu uma ‘guela’ no pescoço e começou as agressões. Me bateu, botou a arma na minha cara, ‘meteu’ a arma no meu peito e agrediu meu esposo”. Ao G1, a advogada que representa a mulher no caso, Ana Amélia Rodrigues, contou que a vítima disse que o policial chegou ao local cerca de cinco minutos depois da mãe ter ligado para ele, apontou a arma na cabeça dela e a agrediu. Luana Stephanie teve escoriações no rosto e no tórax.

A vítima ligou para a Polícia Militar, que mandou uma equipe até o local. “Ela saiu do supermercado dentro da viatura, porque estava com medo de algo acontecer”, contou Ana Amélia Rodrigues. Em nota, a Polícia Civil informou que a vítima registrou ocorrência na 4ª DT/São Caetano, na terça-feira (8) e declarou ter sido agredida por um policial militar, dentro de um supermercado, no bairro de Pirajá. No local, ela foi orientada a ir até a Corregedoria da PM. Após registrar o boletim de ocorrência, Luana passou por fez exame de corpo de deito no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues e registrou o caso na Corregedoria da Polícia Militar. 

A PM, também em nota, confirmou o caso e disse que uma equipe da 9ª CIPM conduziu o casal até a 4ª Delegacia Territorial, em São Caetano, para formalização da queixa e adoção das medidas cabíveis. A PM afirmou que “é importante ressaltar que as pessoas que se sentirem prejudicadas podem se dirigir à Corregedoria Geral da PMBA e formalizar a denúncia”. 

O Corporação disse que vai dá o encaminhamento previsto em lei, após ser fornecido o direito à ampla defesa e o contraditório e as investigações esclarecerem o que realmente aconteceu. A advogada de Luana Stephanie afirmou que vai entrar com uma ação indenizatória contra o supermercado. “Se gerou uma falha na prestação de serviço a partir do momento em que não se prestou uma assistência, nem muito menos uma intervenção do mercado com uma cliente, que querendo ou não, estava sofrendo uma agressão. 

Apesar do policial ser agente do Estado, do rapaz estar fardado, o que aparenta é que ele não estava em serviço, ele estava tratando de assuntos pessoais e se utilizando da farda”, disse a advogada. “Não caberia a ele fardado, com farda ou sem farda. Foi um ato completamente desproporcional, porque em nenhum momento ela chegou a vias de fato com a senhora. Houve ali uma discussão verbal, depois cada uma foi para o seu canto e ele chegou partindo para vias de fato”, completou a defensora da vítima.

Em nota, o Mercantil Rodrigues informou que “houve um incidente em sua filial no Bairro de Pirajá, envolvendo duas clientes e um homem, todos não identificados”. A empresa contou que a ação foi muito rápida e que não houve tempo para que a gerência e outros funcionários pudessem intervir ou chamar a polícia. A empresa também afirmou que colabora com as autoridades que investigam o caso.


Fonte: G1
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