Salvador, Santo Amaro, Saubara, Conde e cidades da RMS receberão vacinas da Janssen; Feira vai à justiça

Marina Silva/Arquivo CORREIO
A Bahia tem previsão de receber na semana que vem uma remessa de 180.600 doses de vacina da Janssen contra a covid-19. Segundo a Secretaria de Saúde (Sesab), 50% do lote ficará com a capital e a outra metade será distribuída proporcionalmente para as cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS), além de Santo Amaro, Conde e Saubara.

Essa distribuição foi combinada em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), instância deliberativa da saúde que reúne representantes dos 417 municípios e o Estado, realizada nesta quinta-feira (10). Sem data definida para chegar em solo baiano, o lote da Janssen tem validade até o dia 27 de junho e precisa ser aplicado rapidamente. 

Segundo informações do Ministério da Saúde, as vacinas da Janssen seriam enviadas apenas para as capitais, assim como a Pfizer, para garantir um processo de entrega acelerado e não correr risco de vencimento do imunizante. Questionada sobre a decisão de enviar as vacinas para outras cidades além da capital baiana, a Sesab afirmou que a decisão foi definida porque os munícipios garantiram a aplicação de todas as doses do imunizante.

"A decisão em CIB de hoje foi pactuada com esses municípios porque eles se comprometeram a vacinar 100% do quantitativo enviado num curto espaço de tempo, antes de vencer o prazo", escreveu.

Segundo Vânia Rebouças, coordenadora de imunização, haverá um reajustes nas próximas remessas para manter a distribuição proporcional. “Os 417 municípios baianos continuarão a receber equitativamente as vacinas, tendo como referência a quantidade de pessoas de cada público-alvo nas localidades”, diz ela. A decisão de priorizar a RMS agora leva em conta o prazo de validade curto do lote da vacina. “Os munícipios assumiram o compromisso de fazer uso de 100% das doses recebidas em um curto prazo, que é inferior a 15 dias”, aponta.

Como lembra o secretário Fábio Vilas-Boas, a vacina da Janssen tem um diferencial de exigir somente uma dose, ao contrário das demais usadas no país, que necessitam de duas aplicações.

Feira vai entrar com ação na justiça

O prefeito de Feira de Santana Colbert Martins anunciou, nesta quinta (10), que vai entrar na Justiça, já nesta sexta-feira (11), contra uma decisão da Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) da Bahia, que apontou que as doses da vacina da Janssen ficarão 50% do lote em Salvador e a outra metade distribuída entre cidades da RMS, além de Santo Amaro, Conde e Saubara.

"Não vamos tolerar, mais uma vez, esse desrespeito, esse desprezo pela maior cidade do interior da Bahia", disse o prefeito. As informações são do Acorda Cidade.

Colbert criticou a explicação de que a divisão será feita dessa forma porque as vacinas estão com curto prazo de validade e, que por isso, dependem de uma vacinação rápida.

"A lógica, então, é enviar as vacinas para municípios com maior número de habitantes, mas estão enviando, no interior, até para Santo Amaro, Saubara e Conde, e Feira ficou de fora", salientou Colbert Martins.

O prefeito destacou que a Prefeitura de Feira de Santana já havia entrado na Justiça durante o processo de vacinação, por conta do não recebimento de novas doses, também por uma decisão do CIB, que apontava que a cidade estava abaixo da meta de 85%.

"Ganhamos na Justiça e temos a certeza que vamos ganhar de novo, pois esta nova decisão é mais um absurdo, uma falta de respeito, de bom senso e, por que não dizer, uma discriminação injustificável a Feira de Santana", afirmou.

A coordenadora de imunização do Estado, Vânia Rebouças, reafirmou que a decisão tomada na reunião da CIB levou em conta o curto prazo de validade da remessa que será enviada para os estados. “Os municípios assumiram o compromisso de fazer uso de 100% das doses recebidas em um curto prazo, que é inferior a 15 dias”, disse

Segundo Vânia, nas próximas remessas haverá um ajuste para que as vacinas continuem sendo distribuídas de forma proporcional. “Os 417 municípios baianos continuarão a receber equitativamente as vacinas, tendo como referência a quantidade de pessoas de cada público-alvo nas localidades”, disse.

Fonte: Correio

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