'Superfungo': segundo caso de Candida Auris é confirmado em Pernambuco

Foto: Reprodução
O segundo caso do "superfungo" Candida auris em Pernambuco foi confirmado nesta quinta-feira (13) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), trata-se de uma mulher de 70 anos admitida por questões neurológicas no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife, no dia 24 de novembro.

O primeiro caso no estado do "superfungo" resistente a medicamentos e responsável por infecções hospitalares foi confirmado pela Anvisa na quarta-feira (12), de um homem de 38 anos que já teve alta do mesmo hospital. Um terceiro paciente com exame sugestivo para Candida auris segue em investigação. 

A mulher que teve o resultado divulgado nesta quinta morreu no dia 5 de janeiro em decorrência dos problemas neurológicos e, apesar de estar com o fungo, não apresentou sintomas, segundo a secretaria.

A constatação do fungo foi feita através de exame realizado pelo Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina (LEMI - Unifesp). Por nota, a Anvisa explicou que, apesar de apenas dois casos terem sido confirmados, pode-se considerar que este é o terceiro surto de Candida auris no Brasil, já que a definição de surto não é apenas uma grande quantidade de casos, mas também "o surgimento de um microrganismo novo na epidemiologia de um país ou até de um serviço de saúde".   

A descoberta da presença do "superfungo" Candida auris em pacientes do HR foi feita pela microbiologista Camylla Carvalho de Melo. Ela explicou que a identificação foi feita em um exame de rotina . O caso suspeito que segue em investigação é de um homem de 46 anos admitido na emergência de trauma por outra causa no dia 13 de dezembro. 

Na quarta-feira ele estava na UTI e não apresentava nenhum sintoma relacionado à infecção pelo fungo. Identificado pela primeira vez no ouvido de uma mulher japonesa em 2009, o Candida auris é um fungo emergente de difícil diagnóstico que foi identificado em diferentes locais do mundo. Como é resistente a praticamente todos os medicamentos existentes, passou a ser classificado pelos especialistas como um "superfungo".

Sem uma análise especializada, ele pode ser confundido com vários outros tipos comuns. De acordo com a Anvisa, ainda não se sabe o mecanismo de transmissão, acreditando-se que é por meio de contato com superfícies ou equipamentos contaminados.

Fonte: G1
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