Feira: Grupo de extrema-direita invade reitoria da Uefs; instituição emite carta aberta

A Reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) denunciou, em uma carta aberta à sociedade, que tem sido vítima de intimidações de um grupo de pessoas que se identificam com ideias de ultra-direita. Na última segunda-feira (17), dois homens teriam invadido a sala da secretária do reitor, para questionar uma faixa com o dizer “Fora Bolsonaro”, de autoria da Associação dos Docentes da Uefs.

Esse episódio teria sido a segunda tentativa de destruição da faixa. Semana passada o vereador evangélico, Edvaldo Lima, foi até a entrada da Uefs protestar contra a faixa. Segundo Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (ADUFS), os homens adentraram no local constrangendo servidores com gravação de imagem em celular, enquanto faziam inquirições sobre a faixa. Foi preciso que o reitor Evandro do Nascimento exigisse que os dois homens desligassem o celular e parassem com o constrangimento no ambiente de trabalho da instituição.

Minutos após a saída dos homens do gabinete da reitoria, a vigilância da instituição teria registrado a ação dos mesmos homens retirando uma faixa na universidade.

Na carta aberta, a instituição afirmou que o episódio é algo muito mais sério do que uma implicância com uma faixa e classificou a situação como um sinal evidente de perigo para a universidade e para a democracia

“É preciso denunciar que estamos diante de um caso que nos serve de alerta para a existência em nossa sociedade de grupos de extrema-direita que atuam politicamente com ódio aos que pensam diferente, se tornaram sectários quanto a suas ideias, a ponto de não admitir manifestações de opinião que os desagrade”, diz trecho da carta.

A instituição repudiou as atitudes e reiterou ainda que o espaço da universidade é “consagrado na Constituição Federal como campo do livre pensar e da livre manifestação”. “É a porta da barbárie se abrindo para ceifar a ínfima parcela de sociedade civilizada e de democracia que ainda resta no nosso país”, concluiu a carta. (Metro1)

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