Arthur Lira é reeleito presidente da Câmara com votação recorde

Foto: Sérgio Lima/Poder360
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito nesta quarta-feira (1º) como presidente da Câmara dos Deputados e ficará no comando da Casa pelos próximos dois anos, até 2025.

Lira teve 464 votos, recorde para uma votação na Câmara. Dos 513 deputados, 509 votaram.

Concorriam com Lira, os deputados:

  • Chico Alencar (PSOL-RJ): 21 votos
  • Marcel Van Hattem (Novo-RS): 19 votos

Além disso, houve 5 votos em branco.

Lira é um dos principais articuladores políticos do Centrão e conseguiu nesta eleição fazer alianças com partidos de posições políticas diferentes, como o PL e o PT. O bloco de apoio ao parlamentar reuniu 496 dos 513 deputados federais. A composição foi formalizada mais cedo na Secretaria-Geral da Mesa (SGM).

Relação com Lula e Bolsonaro

Lira foi um dos principais defensores e articuladores das emendas de relator, recursos que ficaram conhecidos como orçamento secreto pela falta de transparência e pela disparidade na distribuição entre parlamentares. Esses recursos foram declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.

Nos dois primeiros anos de mandato como presidente da Câmara, foi aliado do então presidente Jair Bolsonaro e ajudou a articular pautas de interesse do Executivo. No ano passado, Lira chegou a fazer campanha a favor da reeleição de Bolsonaro.

Contudo, em outubro passado, Lira foi uma das primeiras autoridades da República a parabenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória nas urnas.

Desde então se aproximou do presidente eleito. Em entrevista à GloboNews nesta terça-feira (31), Lira afirmou que tem uma relação “tranquila” com Lula e que “nunca” fez críticas pessoais ao petista.

O parlamentar tem dito que os governos têm “múltiplas faces” e que apoiava no governo Bolsonaro a “face” do governo liberal na economia, não as pautas antidemocráticas.

Em dezembro, patrocinou uma pauta essencial para o governo eleito de Lula, a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição, que abriu espaço no teto de gastos para que o governo eleito pagasse o Bolsa Família no valor de R$ 600, uma promessa de campanha.

O presidente da Câmara disse, ainda, que pretende articular junto ao governo federal, ainda neste ano, a aprovação de uma proposta que apresente um novo “arcabouço fiscal” para o país. Para Lira, o texto deve conter responsabilidade fiscal e garantir, ao mesmo tempo, o “avanço dos programas sociais”.

Mais cedo, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que uma das prioridades do governo é a reforma tributária. (G1)

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