Deputado se solidariza com Lyra de Cachoeira e pede Filarmônica nas festividades da Independência

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) se solidarizou, nesta sexta-feira (13), com a Sociedade Orpheica Lyra Ceciliana, instituição musical com mais de 150 anos de história em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, após a entidade ser excluída da programação oficial das festividades da Independência do Brasil na cidade (saiba mais). A tradicional filarmônica, fundada em 1870, ficou de fora do ato da Levada dos Paus da Bandeira, realizado em 1º de junho, que marca a abertura das celebrações cívico-religiosas do município.

Foto: Divulgação | Instagram 

“É inaceitável que uma instituição secular, patrimônio cultural vivo da Bahia, reconhecida por sua contribuição à formação musical e cidadã de gerações de jovens, principalmente das camadas mais humildes de Cachoeira, seja excluída das festividades que celebram a própria identidade histórica do povo cachoeirano”, declarou o parlamentar.

Robinson Almeida solicitou da vice-prefeita e atual secretária de Cultura do município, Ana Cristina Soares, a inclusão da Lyra Ceciliana da programação oficial da festa da Independência, um dos eventos mais importantes do calendário cultural e cívico da Bahia.

“É fundamental que a vice-prefeita Ana Cristina Soares, que também responde pela Secretaria de Cultura, possa rever a decisão da prefeitura, reparar a injustiça e incluir a Lyra Ceciliana na programação oficial da Independência de Cachoeira. Estamos falando de uma entidade que é símbolo da nossa história, um patrimônio vivo da cultura baiana. Silenciar ou marginalizar a Lyra é desrespeitar não apenas a instituição, mas toda a população cachoeirana que reconhece seu valor”, enfatizou o parlamentar.

O deputado também reforça a importância cultural e histórica da Lyra Ceciliana para o Recôncavo e para a Bahia. A entidade, segundo Robinson Almeida, tem papel decisivo na formação musical de jovens de baixa renda, sendo considerada uma verdadeira “universidade inclusiva da música”, cuja relevância sociocultural não pode ser negligenciada pelo poder público.

“Não se pode falar em cultura, identidade e tradição em Cachoeira ignorando a Lyra Ceciliana. A história da cidade está entrelaçada com o som dessa filarmônica, que forma talentos, garante oportunidades para os jovens de baixa renda e mantém viva a memória musical do Recôncavo. Seguiremos atentos e cobrando respeito, inclusão e reconhecimento para que injustiças como essa não se repitam. É preciso que a Prefeitura de Cachoeira reconheça e valorize a Lyra Ceciliana”, concluiu o deputado.

Fundada em 1870, a Filarmônica Lyra Cecíliana recebeu, em 2011, do presidente Lula, o título de Patrimônio Cultural do Brasil, em reconhecimento à sua história e importância sociocultural para o país.

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