Júri acolhe tese de suicídio e absolve acusado de estrangular a mulher na Bahia

Um comerciante na Bahia foi absolvido da acusação de estrangular sua esposa após o júri aceitar a tese de suicídio por enforcamento, apesar de o Ministério Público pretender recorrer da decisão. A audiência foi realizada no Fórum de Tucano, distante a 252 quilômetros de Salvador. O julgamento popular durou três dias.

Foto: Reprodução 
De acordo com o site Vade News, o acusado de matar sua esposa por estrangulamento terminou absolvido. O júri acolheu a tese da defesa, que argumentou que a vítima se suicidou por enforcamento, utilizando laudos periciais e pareceres de legistas renomados que analisaram as marcas no pescoço da vítima e descartaram a hipótese de homicídio. A defesa também apresentou evidências do histórico de transtornos psiquiátricos da vítima e relatos de sua intenção de suicídio, reforçando a tese de auto-extermínio.

A acusação, representada pelo Ministério Público, sustentou a tese de homicídio qualificado e feminicídio, baseando-se em um relatório da Polícia Civil que interpretou o laudo necroscópico como indicativo de estrangulamento - exame necroscópico foi realizado no Instituto Médico-Legal (IML) de Euclides da Cunha. A divergência central residiu na interpretação do termo "asfixia mecânica", genérico o suficiente para abranger tanto o enforcamento quanto o estrangulamento. O Ministério Público pretende recorrer da decisão.

Conforme a decisão do júri, a conduta do réu em esconder o cinto utilizado no enforcamento foi justificada pela defesa como um ato de desespero para proteger a família do impacto emocional da notícia, e não como tentativa de ocultação de crime.

Pontos principais da notícia:

* Absolvição do comerciante após júri popular de três dias.

* Tese de defesa: suicídio por enforcamento, baseada em laudos periciais e pareceres de legistas.

* Acusação: homicídio qualificado e feminicídio, com pedido de condenação de 12 a 30 anos.

* Discrepância na interpretação do laudo necroscópico: "asfixia mecânica" interpretada como enforcamento pela defesa e estrangulamento pela acusação.

* Histórico de transtornos psiquiátricos da vítima e relatos de ideação suicida.

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