Apesar do aumento de matrículas em creches no Brasil, um estudo revela que milhões de crianças, principalmente das famílias mais pobres, ainda não têm acesso, acentuando desigualdades regionais e socioeconômicas.
![]() |
Foto: Reprodução |
A pesquisa destaca a enorme diferença entre o atendimento às crianças de famílias ricas e pobres, com uma diferença de quase 30 pontos percentuais. A falta de vagas e a distância das unidades são os principais obstáculos para as famílias de baixa renda, enquanto a escolha dos responsáveis é o motivo predominante entre as famílias mais abastadas. A situação é ainda mais preocupante para bebês de até um ano, com apenas 18,6% de atendimento.
As desigualdades regionais também são evidenciadas, com o Norte e o Nordeste apresentando os piores indicadores. Embora a pré-escola apresente taxas de atendimento mais elevadas, a exclusão de mais de 329 mil crianças em 2024 demonstra a necessidade de investimentos contínuos e focados na garantia do direito à educação para todas as crianças brasileiras, independentemente de sua condição socioeconômica ou localização geográfica.
Pontos principais da notícia:
* Mais de 2,3 milhões de crianças de até 3 anos estão fora da creche devido à falta de vagas ou unidades próximas.
* A desigualdade de acesso entre crianças de famílias ricas e pobres aumentou significativamente, com apenas 30,6% das crianças mais pobres frequentando creches, contra 60% das mais ricas.
* A taxa de atendimento em creches é muito baixa (41,2%), abaixo da meta do Plano Nacional de Educação.
* A situação é mais crítica para bebês de até 1 ano (18,6% de atendimento) e nas regiões Norte e Nordeste.
* Enquanto a pré-escola apresenta taxas de atendimento mais altas (94,6%), ainda há mais de 329 mil crianças fora da escola em 2024, com a dificuldade de acesso sendo a principal barreira para famílias mais pobres.
Siga-nos no Google News, Facebook e Instagram. Participe dos nossos grupos no WhatsApp ou do nosso canal