Brasil pode ter escassez de professores até 2034

Um estudo aponta que mais da metade dos professores efetivos da rede pública brasileira poderá se aposentar até 2034, exigindo planejamento governamental para evitar uma crise no ensino.

Foto: Reprodução 
Um estudo do Movimento Profissão Docente revela que mais da metade dos professores efetivos das redes estaduais de ensino no Brasil poderá se aposentar até 2034. O estudo alerta para a necessidade urgente de planejamento por parte dos governos para evitar uma escassez de professores, especialmente considerando que 17,8% dos docentes já haviam adquirido o direito à aposentadoria em 2023. A pesquisa também aponta para uma diminuição no número de matrículas nos próximos anos devido à transição demográfica.

Os responsáveis pelo estudo sugerem que a queda no número de estudantes representa uma oportunidade para os governadores organizarem melhores formas de contratação e expandirem a oferta do ensino em tempo integral. Haroldo Rocha, coordenador-geral do movimento, defende a realização de concursos públicos mais frequentes, com menor oferta de vagas, para repor gradualmente a força de trabalho e selecionar os melhores profissionais.

O estudo também destaca a delicada situação fiscal dos estados, que gastam grande parte dos recursos do Fundeb com salários e enfrentam déficits em seus regimes próprios de Previdência. Para enfrentar essa situação, recomenda-se combinar diferentes formas de contratação de professores, equilibrando efetivos, temporários e celetistas, além de aperfeiçoar a legislação para os professores temporários. A expansão do ensino integral, aliada a uma gestão fiscal responsável, pode transformar a transição demográfica em um marco para a melhoria da educação brasileira.

Pontos principais da notícia:

* 57,5% dos professores efetivos das redes estaduais de ensino poderão se aposentar até 2034.

* As redes estaduais devem perder cerca de 24,9% das matrículas até 2034 devido à transição demográfica.

* A queda no número de matrículas representa uma oportunidade para expandir o ensino em tempo integral.

* A situação fiscal dos estados exige cautela no planejamento de novas contratações, com a maioria gastando grande parte dos recursos do Fundeb com salários.

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