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Histórico das Políticas Culturais de Muritiba: 14 Anos de Caminhadas Culturais (2005 a 2019)

Cont. Em 2005, sob a forte influência do Vereador Prof. Paulo José, Presidente da Filarmônica 5 de Março e exímio defensor da cultura municipal, a cidade passa a contar com a Secretaria Mista de Cultura, Desportos e Lazer e cria o seu Conselho de Cultura (Lei nº 739/2006), elegendo a referida personalidade como seu primeiro presidente e o Sr. José Silvano como primeiro secretário da pasta na primeira gestão do Prefeito Roque Luís Dias dos Santos. Na época, o conselho contava com apenas oito representações, sendo elas: Associação da Terceira Idade Grupo Viver Melhor; Associação Filarmônica Lira Popular Muritibana; Associação Educacional e Musical 5 de Março; Comunidade da Educação (Escolas Particulares); e mais quatro representantes do Poder Público Municipal (um do Legislativo e três do Executivo).

Por não representar a diversidade dos segmentos culturais do município, o que tornava a legislação ineficiente aos princípios democráticos e, segundo registros das atas, ter baixo engajamento social, onde suas poucas reuniões estavam quase sempre esvaziadas, o então Conselho de Cultura, cujas demandas culturais se restringiam a organização e realização das festas tradicionais como Festa do Senhor do Bonfim e a Festa de São Pedro, e ao pagamento de subvenções as principais organizações culturais da cidade contempladas na sua própria composição, foi inativado compulsoriamente.

Muritiba perdia seu Conselho de Cultura, ao mesmo tempo em que recebia, em março de 2008, a Biblioteca Municipal Lêda Nair Leal Coelho, reformada do antigo prédio da Escola Reunidas Castro Alves, em parceria com o Governo do Estado da Bahia que doou todo o acervo bibliográfico, contabilizado em aproximadamente sete mil exemplares de literatura brasileira, baiana, enciclopédias e livros infantis.

Em 2009 toma posse o Prefeito Epifânio Marques Sampaio e a Secretaria de Cultura, Desportos e Lazer leva grande período sem nomeação de seu secretário, até ser assumido interinamente pela Secretária de Educação Luciana Dourado em regime acumulativo de cargo. A Secretaria de Cultura é mantida apenas formalmente, já que todos os quadros que atuavam nas demandas esporádicas de grupos culturais e desportivos eram geridos por funcionários da Secretária de Educação e outros órgãos da administração municipal. Observamos, então, uma regressão das políticas culturais municipais que se manteve de 2009 a 2012.

Neste mesmo ano, o museólogo e gestor de cultura Jomar Lima solicitou junto ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC/BA) o tombamento arquitetônico e arquivístico da Igreja Matriz de São Pedro do Monte da Muritiba (processo nº 0607100020183). Em 2014, o IPAC/BA notifica ao Cônego da referida instituição religiosa, Monsenhor José Oliveira Santos, o registro de tombamento provisório, sendo o mesmo obrigado, a partir da data, referir-se à autarquia qualquer intervenção no bem cultural.

Ainda neste período, a sociedade civil se organizou e foram realizadas duas conferências municipais de cultura, organizadas por Jomar Lima e Prof. Jorge Luís nos anos de 2009 e 2011, respectivamente. Essas conferências faziam parte do sistema de conferências estaduais e nacionais e contavam com etapas municipais, regionais, estaduais e nacionais.

Os primeiros delegados estaduais que representaram Muritiba na 3ª Conferência Estadual de Cultura da Bahia na cidade de Ilhéus em 2009, onde foi discutido o tema “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento”, foram os artistas e produtores culturais Elomar Gomes e Dayvid Barreto. A cidade não integrou o grupo de delegados nacionais. A segunda delegada estadual que representou Muritiba na 4ª Conferência Estadual de Cultura na Bahia na cidade de Vitória da Conquista em 2011, com o tema “Planejar é Preciso: Consolidação dos Planos de Cultura” foi a cientista social e produtora cultural Láiza Mello. A cidade não integrou o grupo de delegados nacionais.

Importante ressaltar também que houve uma iniciativa dos jovens estudantes universitários Paulo Ricardo Ribeiro, Edgard Abbehusen, Cristiane Marques, Mariana Santos, Vinícius Castro e Vinícius Zacarias na realização do I Encontro de Cultura de Muritiba em 2012 na Câmara Municipal Vereadores.

Em 2013 retorna a gestão do Prefeito Roque Luís Dias dos Santos e a Secretaria de Cultura, Desportos e Lazer passa a ser gerida pela Profa. Ana Cláudia Brandão. No mesmo ano é realizada a 3ª Conferência Municipal de Cultura com forte discurso de valorização da memória cultural do município. Dessa vez, a realização das audiências foi muito mais articulada entre a sociedade civil e o poder público. Como resultado, Vinícius Zacarias foi eleito terceiro delegado estadual, representando Muritiba na V Conferência Estadual de Cultura em Camaçari com o tema “Uma Política de Estado para a Cultura: Desafios do Sistema Estadual de Cultura”, contraditoriamente, neste mesmo período a Biblioteca Municipal é desativada por apresentar más condições infra estruturais (permanecendo fechada até 2016) e os pagamentos às subvenções das organizações culturais é comprometido por inadimplência. 

Em 2016 é retomada pela sociedade civil a discussão sobre as políticas culturais, centrando esforços na criação dos Editais Municipais de Cultura. Este movimento foi liderado pelo cientista político Paulo Ricardo Ribeiro, o museólogo Vinícius Zacarias e o cientista social Cláudio Rebouças, culminando na roda de conversa intitulada “Qual é a Cultura de Muritiba?” na sede da Filarmônica Lira Popular Muritibana, onde participaram cerca de vinte agentes locais. Há registro em vídeo publicado nas redes sociais desta atividade. 

Em 2017 assume o Prefeito Danilo Marques Sampaio, passando a gerência da Secretaria de Cultura, Desportos e Lazer ao Sr. Luciano de Miranda. É criado em forma de decreto municipal o Programa Escutas Culturais sob responsabilidade técnica do gestor cultural Vinícius Zacarias (Decreto nº 085/2017 e nº 100/2017). O programa previa a realização de três etapas de audiências públicas (tematizadas de Direito de Criar; Direito de Acessar; Direito de Participar) divididas em quatro encontros cada. O programa conseguiu realizar apenas uma etapa em quatro encontros, contando com a parceria institucional do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas e Pró-reitora de Extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

Simultaneamente, o município assinou o termo de adesão e compromisso firmado junto ao Governo do Estado (nº 324/2017) comprometendo-se com a implementação do Sistema Municipal de Cultura (Conselho, Plano e Fundo) em até dois anos. Participaram desse processo mais de oitenta agentes culturais do município e toda essa articulação resultou na aprovação da lei do Sistema Municipal de Cultura (Lei nº 1080/2017) e reformulação da vigente lei do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Muritiba (Lei nº 1110/2018), ampliando sua representação de oito para vinte e quatro cadeiras. Ambas as legislações foram elaboradas pelo Vereador Paulo Ricardo, a partir das audiências culturais já mencionadas.

Também no ano de 2017 o município iniciou as articulações para a patrimonialização da Festa do Senhor do Bonfim no Livro do Registro Especial de Eventos e Celebrações trazendo à Muritiba para agenda oficial com o Prefeito Danilo Marques Sampaio o Presidente do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, Sr. João Carlos de Oliveira, e visita técnica da Presidente da Câmara de Patrimônio Cultural do Conselho Estadual de Cultura da Bahia, Sra. Ana Valeska e Sr. Luciano Rocha. Devido a impasses políticos, o encaminhamento dos trâmites legais não foi levado adiante.

Em novembro de 2019 foi realizada uma chamada pública através de Edital (23 de Outubro de 2019. Ano III. Edição n° 136. Caderno 03) para eleição do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Muritiba e houve a assembleia para eleição dos novos membros.  Em conturbada plenária foram eleitos o gestor cultural Vinícius Zacarias, representando o segmento de pesquisa e literatura, para o cargo de Presidente; o músico Ovídio Júnior, representando a Fanfarra do Colégio Estadual João Batista Pereira Fraga, para o cargo de vice-presidente; e Anamélia Rocha, representando o segmento de artes cênicas, como primeira-secretária. Alegando irregularidades na condução do processo eleitoral, a gestão municipal não nomeou os conselheiros e a posse não ocorreu.

Constatamos com essa recuperação histórica que as políticas culturais de Muritiba, embora sendo insipientes em muitos aspectos de profissionalização técnica e organização política, sempre estiveram presente nos esforços de notáveis contribuintes municipais das boas práticas democráticas que acreditaram na cultura como vetor de fortalecimento identitário, desenvolvimento econômico e autonomia cidadã na cidade. 

Finalizamos este pequeno artigo homenageando in memoriam três das grandes personalidades da cultura de nosso município: o honroso professor Paulo José e o inigualável artista Jair do Mente Livre, ambos colaboradores da 1ª Conferência de Cultura de Muritiba e da 3ª Conferência de Cultura de Muritiba, respectivamente, e o Mestre Avelino, grande expoente da cultura popular que partiu recentemente, deixando-nos seu legado de resistência e amor ao samba de roda. Em nome deles e de todos os fazedores e fazedoras de cultura de Muritiba, honremos nossos passos que vieram de longe. 

Vinícius Zacarias e Anamélia Rocha - Ativistas Culturais de Muritiba

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Senado quer mais acesso a diagnóstico e tratamento do câncer de mama

O senador Wellington Fagundes (PL-MT) defendeu a necessidade ampliar os esforços para que as mulheres tenham acesso fácil ao diagnóstico precoce da doença. De acordo com Fagundes, é preciso liberar o acesso aos exames de mamografia para detecção precoce do câncer de mama para mulheres de 40 a 49 anos no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a política do Ministério da Saúde para o tema diz que o acesso no SUS deve ser feito para mulheres de 50 a 59 anos. 

O senador defende, porém, a votação, pela Câmara dos Deputados, de um projeto de decreto legislativo para derrubar a portaria com a limitação. “A proposta foi apresentada pelo senador Lasier Martins [Podemos-RS] e acolhida, posteriormente, em plenário, por todos nós, senadores e senadoras. Infelizmente, essa decisão ainda depende da Câmara dos Deputados. 

Até lá, somente mulheres de 50 a 59 anos de idade podem fazer o rastreamento mamográfico na rede pública”, afirmou Fagundes. Para a mastologista do Hospital de Base de Brasília Carolina de Miranda Henriques Fuschino, quanto mais fácil o acesso à mamografia, à realização de biópsia e ao início do tratamento com quimioterapia e radioterapia,ao procedimento cirúrgico, mais chance a paciente tem de recuperação. 

“Há muita vida após o diagnóstico, e não precisamos ter medo do câncer de mama. Nós precisamos enfrentá-lo. Precisamos tratá-lo logo que descoberto. Educar, apoiar e cuidar”, disse a médica. A medida também é apoiada pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), que defende, juntamente com o Colégio Brasileiro de Radiologia e a Federação Brasileira dos Especialistas, o acesso à mamografia para mulheres na faixa de 40 a 50 anos, porque, segundo o presidente do Departamento de Políticas Públicas da entidade, João Bosco Ramos Borges, porque o Brasil é um dos poucos países que têm grande incidência de câncer em mulheres jovens.

Borges disse que a limitação vigente no SUS traz desigualdade no acesso ao tratamento, uma vez que a mamografia já é liberada na rede privada a partir dos 40 anos. “Todos nós que atendemos pacientes que têm convênio e fazem rastreamento a partir dos 40, temos resultados excelentes com essas mulheres. No entanto, [o atendimento] é privado, há falta de equidade com relação ao SUS, que rastreia a partir de 50 anos. Entendo as dificuldades econômicas, mas não deve ser isso”, acrescentou Borges. 

O médico disse ainda que apenas cerca de 50% dos tumores no Brasil hoje são descobertos pelas mulheres em autodiagnósticos ou quando palpados por médicos e que é preciso educar as mulheres para que não tenham medo de realizar o procedimento da mamografia. “Isso é um desastre. Por quê? Porque o tumor que aparece na mamografia e não aparece clinicamente tem próximo de 90% de cura e o tumor que é palpado cai isso em aproximadamente 20% a 30%. 

Então, temos que fazer diagnóstico precoce, temos que fazer mamografia, temos que ampliar o acesso ao SUS das mulheres abaixo de 50 anos. Temos que melhorar o programa de agentes de saúde em um país em que as mulheres têm educação em saúde baixa, temos que fazer equidade com relação ao tratamento”, defendeu. Outra medida defendida por especialistas é a derrubada de um veto do presidente Jair Bolsonaro a um projeto que propõe o acesso rápido a medicamentos orais contra a doença. O ponto vetado amplia a cobertura de atendimento dos planos de saúde a esses medicamentos.

De acordo com a senadora Leila Barros (Cidadania-DF), a derrubada do veto vai significar um avanço no tratamento do câncer, entre eles o de mama. “Cabe a nós, congressistas, derrubar o veto e assegurar às brasileiras e aos brasileiros esse direito fundamental, quando se depara com o desafio de enfrentar um câncer. Seria, portanto, mais uma conquista do Outubro Rosa”, afirmou a senadora.

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Sem vacinas e com volta às aulas, cresce risco de Covid em crianças e adolescentes

Na última quarta (20), o Brasil ultrapassou a marca de 50% da população vacinada com duas doses, número que salta para 68,51% quando considerada apenas uma população com mais de 18 anos, segundo dados civil até a última segunda (25 ) Por outro lado, usando uma estimativa do IBGE, há cerca de 35 milhões de crianças no Brasil com idade de zero a 11 anos que ainda não está contaminado com imunizante contra Covid. 

Os dados do levantamento são do Open DataSus, do Ministério da Saúde, e do Laboratório de Estatística e Ciência de Dados da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) e pelo projeto ModCovid19. Para Lorena Barberia, pesquisadora do departamento de política da USP e coordenadora da nota, o país não vai conseguir atingir 80% da população vacinada sem incluir as crianças na campanha de vacinação. 

E, até lá, uma reabertura das escolas com 100% de presença obrigatória e o afrouxamento de algumas medidas de proteção contra o coronavírus podem implicar em um aumento do aumento justamente nessa faixa etária. Apesar disso, os esforços para o aumento da testagem nesse grupo não foram calculados para o planejamento do retorno às aulas presenciais, diz Barberia. Na semana que antecedeu o retorno às aulas com capacidade de 35%, em abril, a percentagem de testes realizados nas crianças não aumentou em comparação com 2020, mostra o estudo.

“Ampliar a testagem nas crianças agora seria fundamental porque não há, no curto prazo, uma expectativa de vaciná-las. E ao cruzar o retorno dessas crianças mais vulneráveis nas escolas sem testagem, sem vacinas e com precariedade de protocolos, vamos não conseguir ter dados com uma rapidez suficiente para entender o que está acontecendo nesse grupo “, afirma. De janeiro a dezembro de 2020, 3,6% dos testes de RT-PCR na rede pública em São Paulo foram realizados em crianças de zero a 11 anos, parcela que representa 15,7% da população. 

Já as crianças de 12 a 17 anos representam cerca de 8% da população do estado e apenas 3,1% do total de testes para detecção de coronavírus no mesmo período. Em 2021, esse número aumentou pouco em todo o estado, passando para 4,6%, no caso das crianças de até 12 anos, e de 4,7% para os adolescentes de 12 a 17 anos. No mesmo período, 90,03% do total de testes realizados para Covid eram em pessoas com mais de 18 anos. 

De maneira semelhante, os novos casos de internação e óbitos por Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave), incluindo Covid, cresceram neste grupo em 2021, segundo plataforma SP Covid-19 InfoTracker. A taxa de letalidade hospitalar está em 5,8%, crianças de zero a 9 anos, e de 7,4%, nos adolescentes de 10 a 19 anos. Frente ao medo de infecção dos filhos, alguns pais recorrem à testagem privada. 

Por conta disso, laboratórios particulares viram um aumento tanto do número absoluto de testes em crianças e adolescentes quanto na positividade -apesar de, em comparação com o total de testes, ainda serem os que menos testam. Dados do Grupo Pardini, rede de laboratórios presente em mais de 5 mil cidades no país e atuante, principalmente, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, leva uma maior positividade dos testes em adolescentes de 14 a 17 anos nas três últimas semanas epidemiológicas (que vão de 3 a 23 de outubro) em comparação com os adultos.

“Esse aumento, embora seja relativo porque não é uma faixa etária que mais testa em número absoluto, é representativo porque é uma população que voltou às escolas, que está circulando mais, [os adolescentes] não vão aderir tanto assim às medidas de proteção e ainda estão no processo de imunização “, explica Melissa Valentini, infectologista do Grupo Pardini e também da rede SUS de Belo Horizonte. 

Tanto para Valentini quanto para Barberia, isso pode representar um perigo adicional também para uma população com mais de 60 anos que já está apta para uma dose de reforço das vacinas, mas ainda não está incluída em grande quantidade. “A positividade nos maiores de 60 anos também aumentou, principalmente se considerarmos aqueles que estão há mais de seis meses da segunda dose”, afirma Valentini. 

Barberia está preocupada ainda com os perigos dos quadros de Covid longa nesse grupo. “Fico chocada ao pensar que há um risco enorme das crianças serem expostas e não há programa para monitorar os casos, porque não há testagem. Não há nenhuma nota técnica específica nem do Ministério da Saúde nem da secretaria estadual tratando de crianças com 11 anos ou menos, que ainda não foram vacinadas, e elas não estão protegidas “, diz.

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Cachoeira: Provedor da Santa Casa diz que repasse de verbas do convênio com a prefeitura está em atraso; Secretária explica demora

Cont.: Lu destacou ainda que já tinha dificuldades com essas certidões e ainda assim conseguiu firmar convênio com gestões anteriores amparados nessa portaria. “Assinamos com o Estado um termo de ajustamento de conduta que nos permitiu ter dez leitos de UTI Covid e fizemos contrato de saúde para mais dez leitos com a Secretaria de Saúde do Estado. Não sei por que esses questionamentos agora. Quero saber qual é a dificuldade de se pagar o convênio no tempo certo porque está trazendo transtornos inclusive de pagamento de funcionários e fornecedores”, lamentou.

Lu disse ainda que os atendimentos têm sido realizados com base em um plano operacional tático montado e que é provisório. Segundo Lu, o atual é tático porque ainda não se conseguiu sentar com a equipe da Secretaria Municipal de Saúde para fazer um ordenamento de um plano mensal e que tenha a flexibilidade de acordo com a necessidade de atendimentos especializados e também da variação de atendimentos que são para ser realizados nos postos de saúde da família. Lu diz ainda que, quando o paciente não encontra o médico em unidades do município, a porta da urgência e emergência da Santa Casa de Cachoeira se transforma num grande PSF. “Mesmo tendo médico nos PSF’s, os pacientes preferem ir à urgência e emergência e pedir atendimento”, disse.

O provedor alertou ainda que a equipe que está no plantão da urgência e emergência é para atender pacientes de urgência. “Os outros atendimentos tem que serem feitos nas unidades de atenção básica e evitar que venham a um ambiente contaminado como o de urgência e emergência”, explicou. Lu afirmou ainda que não quer “ajuda” com valores na Santa Casa, mas um debate de que forma a assistência integral que comece com o agente comunitário de saúde e evite que as pessoas vão ao Hospital. “Isso precisa de planejamento, competência e a Prefeitura já teve profissionais gabaritadíssimos para isso. Temos que debater essa cooperação técnica não para ajudar o hospital. Temos que debater para ter um sistema único de saúde municipal com qualidade”, disse.

Secretária de Saúde de Cachoeira explica demora no repasse de verbas da Santa Casa

A secretária municipal de Saúde da Cidade de Cachoeira, Edelzuita Lira, explicou o motivo do atraso no repasse das verbas para a Santa Casa de Cachoeira. Conforme Luiz Araújo, mais conhecido como Lu Cachoeira, há dois meses a entidade não recebe os repasses da Prefeitura. A cidade de Cachoeira tem um convênio de cooperação técnica e financeira firmado com a Santa Casa para atendimento via SUS.

Edelzuita Lira disse que entrou em contato com o financeiro da Prefeitura Municipal para saber qual a razão do atraso. “Fui informada de que as prestações de conta da entidade ainda estão em avaliação porque foram entregues fora do prazo”, afirmou.

A secretária afirmou ainda que está enviando um ofício com o objetivo de marcar uma reunião com a direção da entidade filantrópica para agendar uma reunião e discutir toda a situação.

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'Eu já estava pressentindo que algo iria acontecer', diz mãe sobre último contato com filha assassinada em Salvador

Cont.: De acordo com Darlete, confusões foram presenciadas por vizinhos quando o namorado iria buscar Kesia na casa da mãe. Segundo ela, por duas vezes, a jovem se jogou do carro durante discussões dentro do veículo.

Leia também: Salvador - Moradores relatam gritos, tiros e vítima de 21 anos arrastada por corredor pelo suposto assassino

"Algumas vezes ele vinha aqui para casa, até me levava para Salvador passar o final de semana lá, chegou a levar os irmãos de Kesia também e nesse período, ele não demonstrava esse psicopata que ele é. Então depois de um período de namoro, ele agredia ela, puxava pelos cabelos, pelos braços, minha filha chegava aqui sozinha de madrugada, demorava um pouco, quando via, era ele também vindo atrás dela, então começavam as brigas aqui na porta, os vizinhos ficavam olhando a baixaria e eu sempre chamava a atenção dela e conversei com ele, 'se você não quer mais a minha filha, você termine esse namoro com ela', minha filha brigava, terminava com ele e não queria aceitar o término. Passou um tempo novamente, ele veio com a história que queria casar com minha filha e eu sempre negando, porque a minha filha era nova, não tinha juízo na cabeça, estava começando a viver a vida dela e as brigas sempre acontecendo. Por duas vezes, a minha filha se jogou do carro durante as brigas que tinham dentro do veículo. Eu posso dizer que lutei bastante para tirar minha filha dele, mas não consegui", lamentou.

Ameaças de morte

Segundo Darlete Alves, ameaças constantes eram feitas contra Kesia Stefany.

"Ela me disse que se caso ela terminasse com ele, que ele iria matar ela, que ela tinha que ficar com ele, e eu sempre dizia, que Kesia não era mulher para ele, Kesia não tinha juízo ainda na mente, ele tinha que arranjar outra mulher do mesmo nível que o dele, porque a minha filha ainda era uma adolescente, ela só queria curtir a vida, mas ele não queria aceitar", disse.

Arma do crime

Em uma das visitas feitas do apartamento de José Luiz de Britto Meira Júnior, Darlete informou à reportagem do Acorda Cidade, que ele chegou a mostrar um revólver e ela solicitou que fosse guardada dentro de um cofre para não ter nenhum tipo de acidente.

"Ele já andava armado, uma vez que tive no apartamento ele me mostrou e eu falei que guardasse dentro de um cofre para que Kesia não tivesse acesso, ele me chamava de Dadá e disse, 'vou guardar, vou guardar', mas eu quando vi aquele revólver na mão dele, a minha paz acabou. Eu tentei tirar ela várias vezes da vida dele, mas não consegui. Quando eu tirava, ele saía de Salvador e vinha buscar, quando não era ele, mandava um ligeirinho. Meu esposo também nunca aceitou esse relacionamento dela, me falava todos os dias para chamar a atenção de Kesia e conversasse porque esse homem não era normal", afirmou.

Ostentação

A mãe de Kesia explicou que o advogado José Luiz não bancava a filha com tudo, apenas para manter uma vida de luxo e ostentação.

"Ele não bancava ela 100%, dava o luxo como roupas, sapatos, cachaça, muito whisky, muito vinho e foi assim que ele foi acostumando ela, dessa forma. Ela acabou se acostumando com essa boa vida de viagens, piscina, mas lembro de um fato que ela quebrou o dente e a manutenção custou cerca de R$ 2 mil, mas eu tive que passar no meu cartão, porque ele não pagou nada. Ele só queria dar cachaça para ela e ostentar em locais bons, mas para dar dinheiro para ela fazer as coisas, era R$ 300, R$ 400, o foco mesmo era sair para curtir", disse.

Noite do crime

Darlete explicou que a filha tinha viajado para Salvador na última quinta-feira (14), e manteve o contato até o sábado (17), dia que aconteceu o crime.

"Ela foi para Salvador na quinta-feira, quando foi na sexta eu entrei em contato com ela, perguntei se ela estava bem, porque eu já estava preocupada com algo, ela me respondeu que sim, que estava bem. Quando foi no sábado, eu liguei para ela, me disse que estava indo em uma festa com Luizinho, eu ainda falei, 'minha filha não beba, se comporte pelo amor de Deus', eu já estava preocupada, pressentindo que algo iria acontecer. Ela me respondeu que tudo bem, estava se arrumando para sair. Quando foi por volta das 2h, foi na hora que a Polícia abordou eles, porque estavam brigando, o policial até iria levar ele, só que ele apresentou a carteirinha da OAB e foi liberado. Quando chegaram em casa, foi na hora que ele matou ela, tanto que ela mandou um áudio para a prima, dizendo que ele iria matar ela. Eu ainda não ouvir esse áudio, mas preciso encontrar", afirmou.

Para Darlete Alves, esse momento agora só resta a justiça ser feita contra o homem que tirou a vida de uma jovem dos braços da família.

"Eu só quero que a justiça seja feita. Minha filha não merecia morrer desta forma, ela era uma menina jovem e bonita, cheia de vida, amada por todos, só gostava de sair e não tinha maldade com ninguém. Eu só peço a justiça, porque se for soltar ele, ele vai arranjar outra vítima, porque ele gosta é das meninas novas. Quando ele conheceu Kesia, minha filha tinha 17 anos de idade, se apaixonou e depois achou que ele era o dono dela e até para retornar para Feira, ele não estava mais querendo deixar. Ele matou ela por ciúmes, porque ela falou que não queria mais ele", concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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