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| Foto: Reprodução | 
Os militantes do movimento das rádios comunitárias chamam a atenção para
 os motivos que levam as rádios a entrar na criminalidade, como a demora
 no processo de outorga, e, por outro lado, a importância desses 
veículos para a garantia do direito à liberdade de expressão. 
Em 
relatório produzido pela Artigo 19, em parceria com a Associação Mundial
 de Rádios Comunitárias (Amarc) e Movimento Nacional de Rádios 
Comunitárias (MNCR), o caso da Rádio Comunitária Coité FM, de Conceição 
do Coité, na Bahia, é citado para ilustrar a situação. O pedido de 
outorga foi feito há 15 anos, mas até agora a licença não foi liberada. 
Ao longo desse período, a emissora foi fechada três vezes. O seu diretor
 está tendo que responder judicialmente por crime federal.Segundo a 
advogada da Artigo 19, Karina Ferreira, as organizações levarão o 
processo à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). 
Isso porque 
elas avaliam que, no Brasil, o que tem ocorrido é “uma violação ao 
direito à liberdade de expressão”, indo de encontro ao que estabelecem 
as resoluções internacionais. As entidades também criticam a postura da 
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), órgão que tem a 
responsabilidade de organizar a exploração dos serviços de 
telecomunicações e que, por isso, fiscaliza o uso do espectro de 
radiofrequências. “A Anatel só faz fiscalização punitiva. 
A gente 
defende que o Estado use a agência reguladora para fazer fiscalização 
educativa, mas a Anatel adota a fiscalização sobre as rádios 
comunitárias como punição sumária”, disse o coordenador executivo da 
Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), José Sóter. 
Fonte: Agência Brasil.
