| Foto: Roberto Stuckert Filho/PR | 
Alvo de uma disputa acirrada entre o governo e os deputados do PMDB, a 
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do presidente da casa, Eduardo 
Cunha (PMDB-RJ), que reduz de 39 para 20 o número de ministérios causou 
constrangimento para os peemedebistas presentes ao 14º Fórum de 
Comandatuba, maior encontro empresarial do País.
Recém-empossado no 
ministério do Turismo, o ex-deputado Henrique Eduardo Alves rechaçou a 
ideia. "O tamanho do ministério é uma prerrogativa do Executivo", disse o
 ministro. Ele afirmou ainda que até o vice-presidente Michel Temer 
(PMDB-SP), novo articulador político do Palácio, considerou 
inconstitucional a proposta. Apesar de se dizer contra a iniciativa do 
próprio partido, que será votada na Comissão de Constituição e Justiça 
(CCJ) da Câmara na quarta-feira, Alves se disse favorável à redução de 
pastas, mas não quis especificar quais deveriam ser extintas.
"É 
excessivo o número de ministério e o próprio governo avalia isso de 
forma racional. Mas, pela importância do Turismo, não acho que deva ser 
cortado (o ministério). Esse é um segmento que gera renda em todos os 
níveis", afirmou. O peemedebista também defendeu que a Pesca, ministério
 comandado pelo partido e considerado o primeiro alvo de um eventual 
corte, deve ser mantido.
Diante da dificuldade de encontrar uma pasta 
que seja dispensável, Alves preferiu não arriscar um palpite. Mas deu 
uma sinalização: "O governo criou ministérios e secretarias, como a da 
Mulher, para prestigiar setores importantes."
Depois de abrir o evento 
ao lado do ministro e de jantar com ele, Eduardo Cunha defendeu a PEC de
 redução de ministérios.
"Não fico constrangido como peemedebista ao 
pregar a redução dos ministérios. Se precisasse, o PMDB entregaria tudo 
para dar o exemplo. O Henrique assumiu no lugar de outro ministro do 
PMDB. Não houve aumento de cargo para o partido", afirmou.
Fonte: Estadão