Morre no Hospital Clériston Andrade o 9º detento ferido durante rebelião

Fotos: Ed Santos
O detento ferido durante rebelião no conjunto penal de Feira de Cidade, a 100 km de Salvador, morreu na tarde desta segunda-feira (25), no Hospital Geral Clériston Andrade. Segundo informações do diretor da unidade de saúde, dr. João Carlos Pitangueira, o paciente tinha estado considerado gravíssimo e não resistiu aos ferimentos. O óbito foi confirmado às 14h45.

Ainda de acordo com o hospital, ele não tinha marcas de tiros, mas apresentava uma série de lesões pelo corpo. Os outros quatro feridos na rebelião foram atendidos e liberados da unidade de saúde.

Os corpos dos oito detentos assassinados no conjunto penal de Feira de Santana foram retirados no início da tarde desta segunda-feira e levados ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Os crimes ocorreram durante rebelião iniciada no domingo (24), quando familiares dos presos foram feitos reféns durante horário de visitas.

O movimento foi encerrado na manhã da segunda (25), com a liberação das pessoas, que passaram a madrugada dentro do conjunto penal. Com o fim da rebelião, após mais de 18 horas de negociação, uma perícia e vistorias foram realizadas pelas polícias nas dependências da unidade prisional.

"Foram achadas muitas facas, mas ainda não temos como dizer a quantidade. A Polícia Civil está trabalhando na apuração das responsabilidades e os autores dos crimes já foram identificados", informou o delegado João Uzzum, coordenador de Polícia Civil de Feira de Santana.

Durante a negociação com a polícia, os presos rebelados entregaram um saco com três armas: dois revólveres e uma pistola.

Entre os detentos mortos, pelo menos um foi decapitado. Cinco homens ficaram feridos. Apenas um dele permanecia internado em estado grave, nesta segunda-feira, no Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana.

As negociações foram mediadas pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal da cidade. Entre os reféns, sete eram crianças.

Segundo as autoridades, o motivo da rebelião é a disputa entre facções rivais. "É uma briga de facção, restrita ao módulo 10. Todos os outros módulos ontem [domingo] não se envolveram nisso, receberam alimentação, luz elétrica, água encanada. Não se envolveram. É uma coisa específica. 

A polícia foi acionada imediatamente. Tanto a Polícia Civil, para fazer inquérito, como a Polícia Militar", disse o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização.
Segundo a polícia, as mortes e ferimentos foram causados em brigas entre os próprios presos.

Os detentos exigiram a presença de representantes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Feira de Santana para encerrar a rebelião. Por volta das 19h do domingo, a comissão chegou ao local, entretanto, os presos mudaram a posição e disseram que só iriam começar a liberar os reféns e se entregar na manhã desta segunda-feira (25).

O fornecimento de água foi cortado no local, mas o abastecimento de energia mantido até o fim do conflito.

Situação do presídio
De acordo com informações disponíveis no site da Seap, o presídio abriga 1.467 detentos, no entanto, só possui capacidade para 644. Com isso, 823 excedem a capacidade. Desse total, a grande maioria, 1.376, é de homens - 1.055 presos provisórios e 341 condenados. Das 91 mulheres, sendo que 49 provisórios e 42 condenados.

A Seap informa ainda que a unidade tem 13 pavilhões - 12 masculinos e um feminino. Dos próprios para homens, seis não estão em funcionamento. Três locais são improvisados para recebimento de presos em regime especial, como idosos e pessoas em regime semi-aberto.

Fonte: G1
Investigações A Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) irá acionar a Corte Interamericana de Direitos Humanos para investigar a rebelião que terminou com novedetentos mortos e quatroferidos no Presídio Regional de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, na tarde de domingo (24).
De acordo com informações do advogado baiano Luiz Coutinho, vice-presidente da comissão nacional, a ideia é esclarecer se houve falha do governo em relação aos presos."Temos indicativo de superlotação do presídio, informações de que havia mistura de presos em regime provisório com os em definitivo e outras violações de regras mínimas do sistema penitenciário", afirmou em entrevista aoCorreio24horas.
Ainda segundo Coutinho, cerca de 300 presos estavam no Pavilhão 10 no momento do motim; o espaço tem capacidade máxima de 150 internos. "A ideia é fazer com que sejam cumpridos os direitos mínimos, como a individualização da pena e fim da mistura dos presos", comentou.
A comissão também irá apurar com o governo e a administração do presídio por qual razão as armas utilizadas no confronto entraram na unidade. "Não temos juízo pré-concebido, temos o juízo da apuração", concluiu.
Luiz Coutinho, que também é membro do Conselho Penitenciário da Bahia, informou ainda que na tarde desta terça-feira (26), a Comissão Nacional de Direitos Humanos irá fazer uma visita ao presídio. Correio
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Foi confirmada a morte do nono detento ferido durante a rebelião ocorrida no Conjunto Penal de Feira de Santana, no domingo (24). Deoclécio Aureliano Santos havia sido transferido ainda na tarde de ontem ao Hospital GeralClériston Andrade.
De acordo com o médico, José Carlos Pitangueira, a vítima chegou bastante ferida à unidade médica. Em estado grave, Deoclécio chegou a ser entubado. Por volta das 13h desta segunda-feira (25), elefoi submetido a cirurgia, mas não resistiu e morreu por volta das 14h45.
Além de Deoclécio Aureliano Santos,já foram identificadas outras quatro vítimas fatais da rebelião. De acordo com o superintendente de Gestão Prisional da Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap), coronel Paulo César, as vítimas sãoJailson Lázaro Souza Ramos, Alisson Rodrigo Oliveira Bastos, Haroldo de Souza Brito e José Sila da Silva Ribeiro.
Os corpos deles e das outras quatro vítimas mortas na unidade prisionalforam removidas do localno início da tarde desta segunda-feira (25).Ainda de acordo com Paulo César, osoutros mortos serão identificados após a conferência dos detentos pelos agentes. No Hospital Geral Clériston Andrade, ainda estão quatro feridos.
A rebelião começou por volta das 15h de domingo (24),deixou novepessoas mortas, quatro feridas,e teve fim na manhã desta segunda-feira (25), por volta das 9h50 da manhã. Ao todo foram feitos 49 reféns, sendo 41 mulheres, um homem e sete crianças. Dois presos foram decapitados durante o motim.
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De acordo com o médico, José Carlos Pitangueira, a vítima chegou bastante ferida à unidade médica. Em estado grave, Deoclécio chegou a ser entubado. Por volta das 13h desta segunda-feira (25), elefoi submetido a cirurgia, mas não resistiu e morreu por volta das 14h45.
Além de Deoclécio Aureliano Santos,já foram identificadas outras quatro vítimas fatais da rebelião. De acordo com o superintendente de Gestão Prisional da Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap), coronel Paulo César, as vítimas sãoJailson Lázaro Souza Ramos, Alisson Rodrigo Oliveira Bastos, Haroldo de Souza Brito e José Sila da Silva Ribeiro.
Os corpos deles e das outras quatro vítimas mortas na unidade prisionalforam removidas do localno início da tarde desta segunda-feira (25).Ainda de acordo com Paulo César, osoutros mortos serão identificados após a conferência dos detentos pelos agentes. No Hospital Geral Clériston Andrade, ainda estão quatro feridos.
A rebelião começou por volta das 15h de domingo (24),deixou novepessoas mortas, quatro feridas,e teve fim na manhã desta segunda-feira (25), por volta das 9h50 da manhã. Ao todo foram feitos 49 reféns, sendo 41 mulheres, um homem e sete crianças. Dois presos foram decapitados durante o motim.
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