Empresário convidou jogador para ter relações com a esposa, diz testemunha

Foto: Divulgação
A história sobre a morte do ex-jogador Daniel Correa, assassinado e mutilado pelo empresário Edison Brittes em sua casa após a festa de aniversário de sua filha, ganhou novos contornos após uma testemunha ter afirmado nesta quinta-feira (8) que Brittes teria convidado o jogador para ter relações sexuais com sua esposa, Cristiana Brittes.

A informação foi divulgada por um conhecido de Edison ao site Massa News e teria acontecido horas antes da tortura contra o meia. “Ele disse que estava muito louco, que convidou Daniel para dormir com a mulher dele. Ele sabia, a mulher também, foi um acordo. E depois que ele viu que realmente os dois estavam juntos na cama, ele se revoltou e resolveu matar Daniel”, disse a testemunha. Ainda segundo a testemunha, Edison também confidenciou que usou cocaína e drogas sintéticas antes de cometer o crime.

“A família tem direito de saber que Daniel não tentou estuprar ninguém, ele realmente foi inocente na história”, acrescentou. Ainda nesta quinta, mais dois suspeitos de envolvimento com o assassinato do jogador se entregaram à polícia em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. Eles tiveram a prisão preventiva decretada porque estavam no mesmo carro que o empresário Edison Brittes. Para a Promotoria, há indícios de que o homicídio foi planejado.

 A defesa de Igor King, de 20 anos, e David William Villero, de 18, afirma que os dois foram coagidos pelo empresário a entrar no carro. Esse é o mesmo veículo que levou o jogador até o local onde seu corpo foi achado. Anteontem, Eduardo Henrique Silva, de 19 anos, já havia sido preso pelo mesmo motivo. Brittes, que também está detido, confessou ter matado o atleta. Em depoimento, ele disse ter flagrado Daniel tentando estuprar a mulher do empresário, Cristiana. Na noite do crime, o jogador estava na casa da família Brittes para o aniversário da filha do casal, Allana.

Cristiana também deu à polícia a versão da tentativa de estupro. A investigação policial, porém, descarta essa hipótese de ataque sexual. Um laudo da perícia mostrou que o jogador estava embriagado demais para estuprar a mulher. Mãe e filha também estão presas. O trio, que foi transferido ontem para penitenciárias da capital e região metropolitana, será indiciado por homicídio e coerção de testemunha. Na quarta-feira, a família de Daniel deu depoimento à polícia, mas não falou com a imprensa.

Sobre a acusação de que Brittes tenha coagido King e Villero, a defesa do empresário disse que a alegação é "pueril e de pouca criatividade". O promotor do caso, Milton Sales, acredita que a ação foi planejada. "Se percebe o tempo que gastaram, a distância entre a casa e o local, escolheram o local ideal para fazerem o ato, saírem de uma estrada, encontrarem uma estrada rural." Daniel, que tinha 24 anos, jogava pelo São Bento, time de Sorocaba (SP) que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. O atleta pertencia ao São Paulo.

Fonte: Correio da Bahia
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