Opinião: Governos neoliberais contribuem para o flagelo da fome no planeta

Foto: Reprodução | Google Imagens
Por Sérgio Jones*
De acordo com avaliações de especialistas, mais otimistas, com relação ao flagelo da fome, no início do século XIX, 99% da população do planeta vivia em condição de pobreza extrema. Acredita-se que seja possível a partir do século XXI, que ela possa ser extinta no prazo de dez ou 15 anos. Embora acreditem que tais transformações, neste setor, podem acontecer de forma mais acelerada.

Entretanto, reconhecem a existência, ainda, de nos deparamos com a fome crônica. E afirmam ser o seu combate difícil devido ao fato de suas vítimas estarem habitando locais de difícil acesso e, geralmente, sem condições de cultivo agrícola. Exemplo do que acontece com refugiados de guerra ou pelos impactos das mudanças climáticas.

Outro fator considerado nefasto no combate efetivo ao flagelo da fome, apontado entre os estudiosos do tema, é de caráter financeiro devido ao imenso fosso existente entre ricos e pobres que é cada vez maior. Este aspecto foi altamente agravado com o surgimento de governos neoliberais que convenceram o mundo de que o setor privado poderia assumir tarefas básicas do serviço público. Tais mentiras contribuíram de forma criminosa para o aumento e aprofundamento da desigualdade em todos os países, da Suécia à Somália.

Considerado como ”A Meca do Capetalismo”, os EUA, o país mais rico do mundo, 20% da renda se encontram nas mãos da metade da população mais pobre, dados auferidos em 1980. Este índice caiu para 12,5% em 2014. No mesmo intervalo, a camada de 1% dos mais ricos, que controlava 10,7% da renda nacional, passou a ter 20,2% em suas mãos.

No Brasil, onde afirmam que Deus é brasileiro, constatou-se que menos de 2% de seu orçamento é investido em ciência. O que torna praticamente impossível avançar no aspecto do combate à fome e as desigualdades existentes. Com o atual governo esta realidade se torna mais real do que nunca.

Com a eleição de Jair Bolsonaro, presidente aventureiro e incompetente, o país tende a aprofundar o fosso entre ricos e pobres, que vinha sofrendo uma sensível redução, no início do século XXI, quando governos anteriores, atacou simultaneamente a desigualdade e a pobreza.

Especialistas e estudiosos do tema fazem um importante alerta: “Não adianta ter dinheiro sem perseguir alguns objetivos, como ter instituições públicas que deem amparo político à pesquisa. O Brasil aumentou sua produção científica, mas a qualidade ainda não avançou suficientemente”. Importante observar que o sucesso tem muitos pais. O fracasso é órfão.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)
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