Caso das jovens venezuelanas pode levar à derrota de Bolsonaro, avalia integrante da campanha

 Foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo
O caso envolvendo meninas venezuelanas preocupa a campanha do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Na última sexta-feira (14), em entrevista a um podcast, o presidente relatou um encontro com jovens de 14 e 15 anos, no Distrito Federal, e sugeriu, sem provas, que elas estavam se prostituindo. Já nesta terça-feira (18), em vídeo publicado nas redes sociais, ele disse que elas são "trabalhadoras" e pediu desculpas caso suas palavras, "tiradas de contexto por má-fé, tenham provocado algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas".

Neste domingo (16), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou que o conteúdo fosse retirado das redes sociais do ex-presidente Lula (PT), também candidato à presidência. Porém, Vera Magalhães explica que foram localizadas outras duas ocasiões em que o presidente fez referência ao episódio, "em termos até mais diretos, falando explicitamente em prostituição".

Esta "segunda onda de desgaste" causada pelo episódio envolvendo as jovens venezuelanas pegou a campanha de Jair Bolsonaro de surpresa. E, mesmo com o vídeo de desculpas publicado nesta terça-feira, a equipe não trata a crise como encerrada. Um dos integrantes chegou a afirmar, em conversa com Vera Magalhães, que as declarações do presidente podem ser responsáveis pela derrota dele nas eleições.

De acordo com os dados acompanhados pela equipe do presidente, Bolsonaro vinha se aproximando de Lula nas intenções de voto para o segundo turno. Porém, após a polêmica vir à tona, o movimento se estabilizou. Com essa "segunda onda", um novo desgaste nas pesquisas é considerado, já que atinge diretamente o eleitorado conversador e religioso, que é parte importante dos votos do candidato à reeleição.

Agora, há duas ordens a serem seguidas na campanha bolsonarista: a primeira delas é rastrear se o presidente citou o episódio ou algo que possa comprometê-lo em algum outro momento, principalmente nestes podcasts de formato longo dos quais ele costuma participar. Por outro lado, também devem procurar por conteúdos pessoais que possam ser usados contra o ex-presidente Lula, de modo que o caso envolvendo Bolsonaro fiquei em segundo plano. (CBN)

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