Ambientalista defende plano de emergência e evacuação para Cachoeira, São Félix e Maragogipe

Foto: Ney Silva | Acorda Cidade
Moradores de Cachoeira, cidade do Recôncavo Baiano, relataram nas redes sociais e aplicativo de mensagem a ocorrência de tremores de terra na região na semana passada. Diante dessa situação, o ambientalista João Dias, que faz parte do comitê da Bacia Hidrográfica da Bacia do Paraguaçu e do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental de Pedra do Cavalo defende a necessidade de elaboração de planos de evacuação e segurança para a saída imediata de moradores, caso seja necessário em cidade do Recôncavo Baiano.

“Segundo a USP (Universidade de São Paulo), esse abalo sísmico foi de 1.6 na escala richter e ninguém sabe o que provocou. Mas também não existe nenhuma fonte que diga que não venha a ocorrer no futuro próximo ou longo, um tremor em escala maior. O que nós defendemos é a segurança das pessoas, independente de haver risco na barragem ou não, o governo do estado precisa se reunir com os municípios de Cachoeira, São Félix e Maragogipe para realizar um plano de emergência ou de evacuação e nesse plano tem que constar um ponto de encontro da população, tem que realizar treinamento com a população, pois caso exista necessidade, as pessoas sabem para onde ir e está treinada para fazer aquilo que se preparou”, afirmou.


Ele defendeu também que existe a necessidade da implantação de um sistema de alerta por sirene. Segundo o ambientalista, com essas medidas, se houver um problema com a barragem, será mais fácil a saída da população.
Vista da Barragem para as cidades de Cachoeira e São Félix
“A parte onde fica esses municípios tem quase 100 mil pessoas e o Brasil tem a tradição de fechar a porta depois de roubado. A gente quer que o governo tome alguma providência como licenciar a usina hidrelétrica Pedra do Cavalo. É preciso se preocupar com a segurança de todas as pessoas que vivem abaixo da barragem”, disse.

João Dias afirmou também que a barragem de Pedro do Cavalo é muito profunda, com quase 100 metros de profundidade, com 186 quilômetros quadrados e a água é uma vez e meia maior do que a água da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro. Ele afirma que se houvesse um rompimento traria problemas para vários municípios, até para Salvador.

Fonte: Acorda Cidade
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